A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (1922-1991) foi uma das maiores potências que o mundo já viu, inclusive na área esportiva. Dos esportes, o mais popular era o futebol, embora tivesse conquistado menos títulos do que em outras modalidades, como ginástica, atletismo, lutas, boxe e basquete.
JOGOS OLÍMPICOS DE MOSCOU 1980
A União Soviética só participou dos Jogos Olímpicos pela primeira vez em Helsinque 1952. Nesta edição, ficou em segundo lugar no quadro de medalhas, com 22 de ouro. Quatro anos depois, em Melbourne, os soviéticos foram os primeiros colocados, com 37 medalhas de ouro. Nos Jogos seguintes, em Roma, também ficaram em primeiro lugar no quadro geral, com 43 ouros. Em Tóquio 1964, levaram 30 medalhas de ouro, mas ficaram em segundo lugar no geral. Na Cidade do México, os europeus orientais também ficaram em segundo, com 29 douradinhas. Na Olimpíada de 1972, os comunistas terminaram em primeiro lugar, com 50 medalhas de ouro. Nos Jogos seguintes, em Montreal, no Canadá,também ficaram em pr
imeiro, desta vez com 49 medalhas de ouro. Em casa, no ano de 1980, levaram incríveis 80 medalhas de ouro, terminando em primeiro lugar no geral. Não competiu em Los Angeles-84 em resposta ao boicote estadunidense em Moscou. Em sua última Olimpíada com esse nome, a União Soviética terminou em primeiro lugar com 55 medalhas de ouro, em Seul 1988.
Das nove edições de Olimpíadas que participou, ficou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas em seis ocasiões, e em três, ficou em segundo. No cenário de Guerra Fria, os soviéticos levam a melhor contra os Estados Unidos no quadro geral de medalhas, já que os americanos ficaram em primeiro em três ocasiões. Lembrando que, em 1980 em Moscou, os EUA boicotaram, e em 1984, em Los Angeles, a URSS deu o troco.
Em 1980, havia chegado a hora de os soviéticos demonstrarem que eram uma potência maior que os estadunidenses, realizando o maior evento esportivo em seu território, na capital Moscou. Para conseguir realizar a competição, a URSS venceu a candidatura estadunidense, com 39 votos contra 20 para Los Angeles. O evento foi negativamente caracterizado pelo boicote promovido pelos Estados Unidos, e aderido por vários países que formavam o bloco capitalista. Porém, alguns, como a Grã Bretanha, França e Portugal, levaram seus atletas, sob a bandeira olímpica, com as delegações de atletas reduzidas. Com isso, 80 nações foram à União Soviética disputar esse, que foi um dos mais espetaculares Jogos Olímpicos da história.
Sem os Estados Unidos para tentar tirar o primeiro lugar dos soviéticos, os comunistas nadaram de braçadas no quadro geral de medalhas, terminando com 195 medalhas no total, sendo elas 80 de ouro, 69 de prata e 46 de bronze. A Alemanha Oriental chegou em segundo, com 47 medalhas de ouro. Bulgária (outro país da Cortina de Ferro do Leste Europeu) ficou em terceiro e Cuba, também do bloco socialista ficou em quarto.
JOGOS OLÍMPICOS DE INVERNO
Nas Olimpíadas de Inverno, a União Soviética também sempre obteve excelentes resultados. Em nove participações, ficou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas em sete ocasiões. A primeira participação do país foi em 1956, nos Jogos de Cortina d'Ampezzo, na Itália, e ficou em primeiro com sete medalhas de ouro. Na edição seguinte, em Squaw Valley, nos Estados Unidos, assim como na Itália, os soviéticos terminaram em primeiro com sete ouros. Em 1964, na cidade de Innsbruck, na Áustria, também ficaram em primeiro, com 11 medalhas douradas. Quatro anos depois, em Grenoble (França), ficaram em segundo, com 5 ouros. Em Sapporo-72, o primeiro lugar foi garantido com 8 medalhas de ouro. Em 1976, novamente em Innsbruck, a URSS ficou em primeiro com 13 ouros. Em Lake Placid, nos Estados Unidos, a União Soviética ficou em primeiro lugar com 10 medalhas de ouro. No ano de 1984, em Sarajevo, na Iugoslávia, a União Soviética ficou em segundo lugar, com 6 ouros. Em Calgary-1988, foi sua despedida com nome de União Soviética, fazendo muito bonito, ganhando 11 medalhas de ouro e terminando em primeiro lugar no quadro geral de medalhas.
GINÁSTICA
A União Soviética ganhou 73 medalhas de ouro, 67 de prata e 44 de bronze (184 no total) na ginástica em Jogos Olímpicos de Verão. No Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que sediou duas vezes (em 1958 e 1981), os soviéticos já faturaram 117 medalhas de ouro e 269 no total, somando prata e bronze. Já na Copa do Mundo, a URSS ganhou 17 medalhas de ouros e 34 no total. No Europeu de Ginástica Artística, são os que mais ganharam medalhas de ouro, com 141 douradas, além de 95 de prata, 57 de bronze e 293 no total.
Na Ginástica Rítmica, a URSS ganhou 45 medalhas de ouro no Campeonato Mundial. Também ganhou 7 medalhas de ouro na Copa do Mundo de Ginástica Rítmica.
Algumas das maiores ginastas artísticas olímpicas soviéticas são Sofia Muratova, Yelena Shushunova, Natalia Shaposhnikova, Olga Korbut, Maria Gorokhovskaya e Yelena Davydova.
Um dos principais nomes da ginástica artística da URSS é Nikolai Andrianov. É o ginasta que mais conquistou medalhas olímpicas, somando um total de 15. Ganhou 13 medalhas em Mundiais e 18 em Campeonatos Europeus, sendo dez delas de ouro.
Outro é Vladimir Artemov, que entre 1983 e 1989 conquistou um total de cinco medalhas olímpicas e treze mundiais. Participou de quatro mundiais, ganhando seis medalhas de ouro.
Polina Astakhova conquistou cinco medalhas de ouro olímpicas - um tricampeonato por equipes e um bicampeonato nas assimétricas. Como treinadora, conquistou duas medalhas de ouro olímpicas por equipes: 1972 e 1980.
Um bicampeão nas argolas (Melbourne 1956 e Roma 1960), Albert Azaryan também foi bicampeão mundial em argolas. Azaryan foi ainda o primeiro a executar um movimento chamado Cruz, que recebeu o seu nome. Seu filho, Eduard Azaryan, representou a URSS nos Jogos Olímpicos de Moscou, saindo-se vitorioso nas disputas por equipes.
Outra lenda: Dimitri Bilozertchev. É considerado um dos mais talentosos ginastas de todos os tempos. Venceu o Campeonato Mundial, mas não foi à Olimpíada de los Angeles-84, devido ao boicote soviético. Na Olimpíada de Seul-1988, ganhou três medalhas de ouro e uma de bronze.
No feminino, Svetlana Boginskaya conquistou quatro medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, e Lyubov Burda, que ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1968 por equipes. Nos Jogos de 1972, Burda foi medalhista de ouro por equipes. Além de Maria Filatova, que entre suas principais conquistas estão três medalhas olímpicas, quatro em mundiais e duas no Campeonato Europeu.
Viktor Chukarin destacou-se na história dos Jogos Olímpicos, sendo considerado um dos maiores atletas da era moderna. Participou do Mundial de Roma, em 1954, ganhando três medalhas de ouro. Nos Jogos Olímpicos de 1952, ganhou três ouros e duas pratas. Na Olimpíada de 1956, conquistou cinco medalhas.
Alexander Dityatin ganhou dez medalhas olímpicas - das quais três são de ouro -, 12 conquistas mundiais e seis europeias. É dele o recorde de maior número de medalhas (8). É dele também a primeira nota 10 dada a um ginasta masculino em uma competição olímpica.
Nellie Kim, no feminino, conquistou três medalhas de ouro e uma de prata, na Olimpíada de Montreal, em 1976. Em Moscou-1980, conquistou duas medalhas de ouro (equipe e solo).
Larissa Latynina conquistou 18 medalhas, sendo nove de ouro, nas Olimpíadas de 1956, 1960 e 1964, tornando-se a maior campeã olímpica da história. Latynina também foi 14 vezes medalhista em europeus e mundiais, em ambas as competições, sendo 10 delas de ouro em mundiais.
Ludmila Tourischeva foi nove vezes medalhista olímpica - sendo quatro delas de ouro -, 11 vezes em mundiais - com oito primeiros lugares - e 14 vezes medalhista em campeonatos europeus .
Viktor Klimenko conquistou cinco medalhas em duas Olimpíadas (1968 e 1972); Boris Shakhlin conquistou 13 medalhas olímpicas, 14 mundiais e nove europeias, além de ter recebido a honraria de Herói Soviético; Valeri Liukin, que levou o ouro por equipes no Mundial de 1987, ouro por equipes na barra fixa na Olimpíada de 1988 e no Mundial de 1991 por equipes.
Valentin Muratov, nos Jogos Olímpicos de 1952, foi medalhista de ouro por equipes. No Mundial de Roma, em 1954, ganhou ouro nas disputas coletivas, no individual geral, no solo e na barra fixa, e bronze nas argolas. Em Melbourne 56, foi bicampeão por equipes e ouro no solo e na barra fixa. No Mundial de Moscou-58, tornou-se bicampeão coletivo.
Yuri Yotov, nos Jogos de 1956, levou o ouro por equipes. No Mundial de 1958, ganhou o ouro por equipes e no salto sobre o cavalo. Na Olimpíada de 1960, ganhou a prata por equipes e no solo, e o bronze no individual geral. No Campeonato Mundial de 62, recebeu o ouro no individual geral e nas argolas. No Europeu de 1959, conquistou o ouro no individual geral, no cavalo com alças, nas argolas, no salto sobre o cavalo e nas barras paralelas. Entre as premiações que recebera, estão a Ordem Olímpica (1992 pelo COI), a Ordem Vermelha, em 1960 e 1980, e a Ordem Amigo do Povo, em 1976.
Alexander Tkachev ganhou a medalha de ouro na barra fixa na Copa do Mundo de 1977, por equipes no Campeonato Mundial de 1979, na Olimpíada de 1980 por equipes e nas barras paralelas, ouro por equipes e na barra fixa no Mundial de 1981. Mikhail Voronin tem sete conquistas mundiais, com dois ouros; dez medalhas em europeus e nove medalhas olímpicas.
ATLETISMO
Em Olimpíadas, a União Soviética conquistou 195 medalhas no atletismo, sendo 65 de ouro, 55 de prata e 75 de bronze. Em campeonatos Mundiais, a URSS ganhou 21 medalhas de ouro. Em Copas do Mundo de Atletismo, conseguiu dois vice-campeonatos no masculino e no feminino e dois terceiros lugares no feminino.
Individualmente, teve, no masculino, entre outros, Volodymyr Holubnychy, ouro nos 20km marcha atlética em Roma-60 e Cidade do México-68, além de bronze em Tóquio-64 e prata em Munique-72; Vyacheslav Ivanenko, ouro em Seul-88 nos 50km marcha atlética; Robert Shavlakadze, ouro em Roma-60 no salto em altura; Valeriy Brumel, ouro em Tóquio-64 e prata em Roma-60 no salto em altura.
A URSS também teve Viktor Tsybulenko, ouro em Roma-60 no lançamento de dardo e bronze em Melbourne-56; Janis Lusis, ouro nos Jogos de 1968, prata em 1972 e bronze em 1964, todos no lançamento de dardo; Romuald Klim levou o ouro em Tóquio-64 e prata quatro anos mais tarde no arremesso de martelo; Anotoly Bondarchuck conquistou o ouro em Munique-72 e bronze em Montreal-76 também no arremesso de martelo; Nikolai Avilov ficou com o ouro na Olimpíada de 1972 e com o bronze em 1976 no decatlo; Yuriy Sedykh sagrou-se campeão olímpico de lançamento de martelo em 1976 e 1980.
Uma outra lenda do atletismo soviético é Sergey Bubka, considerado o maior saltador com vara de todos os tempos, cujos destaques na carreira são as seis vitórias consecutivas no Campeonato Mundial de Atletismo, a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1988 e a quebra de 35 recordes mundiais de salto com vara.
Viktor Saneyev dominou as provas do salto triplo na década de 1970. Conquistou a medalha de ouro olímpica nos Jogos de 1968, 1972 e 1976 e a prata em Moscou 1980. Foi condecorado com a Ordem de Lenin em 1972; Valeriy Borzov, que foi campeão nos 100 e 200 m na Olimpíada de 1972 e em Montreal ganhou duas o bronze.
Pyotr Bolotnikov, nos Jogos Olímpicos de Roma 1960, venceu a prova dos 10.000 metros. Por sua conquista olímpica, recebeu do governo soviético em 1960, a Ordem de Lenin, maior condecoração civil do país.
No revezamento 4 x 100 m, a União Soviética foi medalhista de prata em 1952, 1956, 1960, 1972 e bronze em 1976. Além do ouro em Moscou 1980 e Seul 1988.
No feminino, a superpotência comunista também teve grandes atletas, com destaque para Lyudmila Shevtsova, ouro em Roma 1960 nos 800 m; Lyudmila Bragina, medalhista de ouro em Munique-72 nos 1500 m; Irina Press, ouro em Roma 1960 nos 80 m com barreiras e em 1964, em Tóquio, no pentatlo; Vera Krepkina, medalhista de ouro em Roma 1960 no salto em distância; Tamara Press, ouro em Roma-60 no arremesso de peso e prata no lançamento de disco, e Tóquio-64 ouro no arremesso de peso e no lançamento de disco; Tamara Tyshkevich, ouro em Melbourne-56 no arremesso de peso.
A União Soviética também teve Faina Melnik, medalha de ouro em Munique-72 no lançamento de disco; Elvira Ozolina, ouro em Roma-60 no lançamento de dardo; Tatyana Kazankina, que foi tricampeã olímpica (1976-1500 m e 800 m e 1980-1500 m) e sete vezes recordista mundial durante os anos 70 e 80; Olga Bondarenko, ouro nos 10.000 m nos Jogos de 1988, em Seul; Galina Zybina ganhou o ouro em 1952, prata em 1956 e bronze em 1964, quebrou o recorde mundial do arremesso de peso por oito vezes consecutivas. Além de Nadezha Chizova, ouro nos Jogos Olímpicos de 72, prata em 1976 e bronze em 1968, no arremesso de peso; Natalya Lisovskaya, que levou o ouro em Seul 88 no arremesso de peso; Nina Romashkova, ouro em Helsinque 52 no lançamento de disco, assim como em Roma 60, além de ter sido bronze em Melbourne 56.
A URSS ganhou a medalha de ouro no revezamento 4 x 400 m em Moscou 1980 e Seul 1988, além de bronze em Montreal 1976.
LUTAS
Nas lutas, a União Soviética conquistou 62 medalhas de ouro olímpicas. No Mundial masculino de luta livre, o país levou 121 medalhas de ouro e um total de 203.
Na luta greco-romana, teve os campeões olímpicos Konstantin Vyrupayev (1956 - peso galo), Yakov Punkin (1952 - peso pena), Shazam Safin (1952 - peso leve), Anatoly Bykov (1976 - meio-médio, e prata em 1980 também no meio-médio), Mikhail Mamiashvili (1988 - peso médio), Johannes Kotkas (1952 - peso pesado), Ivan Bogdan (1960 - peso pesado), Nikolai Balboshin (1976 - peso pesado), Alexander Kolchinsky (1976 e 1980 - super-pesado), Alexei Shumakov (1976 - mosca-ligeiro), Boris Gurevich (1952 - peso mosca), Valeri Rezantsev (1972 e 1976 - meio-pesado).
HALTEROFILISMO
Na história dos Jogos Olímpicos, a União Soviética ganhou 39 medalhas de ouro e 62 no total em competições no halterofilismo.
A URSS teve Alexander Voronin, ouro nos Jogos Olímpicos de Montreal-76, nos Campeonatos Mundiais de 1976 e 1977 e nos europeus de 1976, 1977, 1979 e 1980, tudo no peso mosca; Kanybek Osmonaliyev, que ganhou a medalha de ouro nos Jogos de Moscou 80, nos campeonatos mundiais de 1978, 1979, 1980 e 1981 e nos europeus de 1978 e 1981, no peso mosca; Ivan Udodov, ouro em Helsinque-52 no peso pena.
Ainda teve Yevgeni Minayev, ouro em Roma-60 e prata em Melbourne-56 no peso galo; Viktor Buchuev, ouro em 60 no peso leve e Viktor Kurentsov, ouro em 1968 e prata em 1964 no peso médio; Yuri Zakharevitch, que levou o ouro em Seul-88 no peso pesado II; Vasili Alexeyev, ouro em Munique 72 e Montreal 76 no super pesado; Trofim Lomakin, ouro em Helsinque 52 no pesado ligeiro; Arkadi Vorobyov, ouro em 1956 e 1960 no meio pesado; Leonid Jabotinski, ouro em Tóquio 64 e Cidade do México 68 no peso pesado; Pavel Kuznetsov, ouro em Seul 88 no peso pesado I.
BOXE
No boxe, a União Soviética conquistou 14 medalhas de ouro em Jogos Olímpicos. Individualmente, alguns grandes pugilistas soviéticos foram: Oleg Grigoryev, medalhista de ouro na Olimpíada de 1960, em Roma no peso galo; Valerian Sokolov, ouro nos Jogos de 1968 no peso galo; Vladimir Safronov, ouro em Melbourne 56 no peso pena; Stanislav Stepashkin, ouro em Tóquio-64 no peso pena; Boris Kuznetsov, medalhista de ouro na Olimpíada de Berlim-1972 no peso pena; no peso médio-ligeiro, Vladimir Yengibaryan (1956) e Vyacheslav Yanovskiy (1988) levaram o ouro olímpico; no peso médio, Gennadiy Shatkov (1956), Valeri Popenchenko (1964) e Vyacheslav Lemechev (1972) levaram a medalha dourada nas Olimpíadas; Danas Pozniakas (1968 - meio pesado); no peso super médio, Boris Lagutin levou a medalha de ouro nos Jogos de 1964 e 1968.
REMO
No remo, a União Soviética ganhou 12 medalhas de ouro, 20 de prata e 10 de bronze, totalizando 42 medalhas.
Yuri Tyukalov venceu a prova de skiff simples nos Jogos Olímpicos em Helsinque-52, mesma prova em que Vyacheslav Ivanov conquistou três medalhas de ouro (1956, 1960 e 1964) e Yuri Malishev levou o ouro em 1972. Na prova de skiff duplo, os soviéticos levaram o ouro em 1956, 1964, 1968 e 1972 em Olimpíadas.
VOLEIBOL
masculino
A seleção de voleibol da União Soviética, tanto no masculino quanto no feminino, sempre foi uma das mais fortes do mundo. Em Jogos Olímpicos, os homens conquistaram três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Foram campeões em Tóquio 1964, Cidade do México 1968 e Moscou 1980. No Campeonato Mundial, foram seis vezes campeões (1949, 1952, 1960, 1962, 1978 e 1982). Na Copa do Mundo de Voleibol, foram quatro vezes campeões (1965, 1977, 1981 e 1991), uma vez vice-campeões e duas vezes terceiros colocados.
feminino
As mulheres, em Jogos Olímpicos, conquistaram quatro medalhas de ouro (1968, 1972, 1980 e 1988) e duas de prata. No Campeonato Mundial, as soviéticas conquistaram cinco títulos (1952, 1956, 1960, 1970 e 1990). Na Copa do Mundo de Voleibol, foram campeãs na primeira edição, em 1973, vice em 1989 e terceiras em 1981, 1985 e 1991.
BASQUETEBOL
masculino
Em Jogos Olímpicos, os soviéticos conquistaram duas medalhas de ouro, em 1988 vencendo a Iugoslávia na final, e em 1972, onde fizeram um duelo épico com os Estados Unidos, vencendo por 51 a 50 no último segundo de jogo. Também foram quatro vezes medalhistas de prata e três vezes medalhistas de bronze. No Campeonato Mundial, foram três vezes campeões (1967, 1974 e 1982), três vices e duas vezes terceiro lugar. No Campeonato Europeu, foram campeões por 14 vezes, sendo oito vezes consecutiva (de 1957 a 1971).
feminino
As soviéticas ganharam a medalha de ouro nas duas primeiras edições olímpicas da modalidade (1976 e 1980). Em Campeonatos Mundiais, foram campeãs por seis oportunidades (1959, 1964, 1967, 1971, 1975 e 1983). No Campeonato Europeu Feminino, a União Soviética é disparadamente a melhor nação, com todos os seus títulos ocorrendo entre os anos de 1950 a 1991, sendo interrompido uma vez apenas, com o título da Bulgária, em 1958, portanto, em 22 edições disputadas, as soviéticas venceram 21.
HANDEBOL
masculino
Em Olimpíadas, a seleção soviética de handebol masculino ganhou duas medalhas de ouro (1976 e 1988) e uma de prata. Em Campeonatos Mundiais, foram campeões uma vez, em 1982 e vice-campeões em 1978 e 1990.
feminino
As soviéticas ganharam o ouro olímpico em duas oportunidades (1976 e 1980) e o bronze em 1988. Conquistaram o ouro em 1982, 1986 e 1990 no Campeonato Mundial, e foram vice-campeãs em 1975 e 1978.
FUTEBOL
A Seleção Soviética de Futebol, assim como em outras modalidades esportivas, era bem respeitada mundo à fora. Tanto que conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos, o que nunca aconteceu com seleções tradicionais, como Brasil, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Portugal. Isso aconteceu em Melbourne 1956, em que bateu a Iugoslávia na final pelo placar de 1 a 0 e em Seul 1988, batendo o Brasil na final por 2 a 1, sendo bicampeã olímpica. Em Olimpíadas também, a União Soviética ganhou a medalha de bronze três vezes: em 1972, 1976 e 1980.
A União Soviética também foi campeã da primeira edição da Eurocopa, em 1960, quando venceu na final os iugoslavos por 2 a 1, no Parc des Princes, em Paris. Ainda foi vice-campeã em 1964, 1972 e 1988. Em Copas do Mundo, a sua melhor campanha foi na Inglaterra, em 1966, em que chegou nas semifinais, terminando em quarto lugar.
Nas categorias de base, os soviéticos foram campeões da primeira edição do Mundial sub-20, em 1977, batendo o México na final e vice-campeões na edição seguinte, em 1979. No Campeonato Mundial sub-17, foram campeões em 1987, ganhando da seleção nigeriana na final.
A União Soviética também produziu vários craques durante sua existência. Dentre eles está a lenda Lev Yashin, o maior goleiro que o mundo do futebol já viu. Yashin, conhecido como Aranha Negra, devido a cor de seu uniforme, jogou durante toda a sua carreira no Dinamo Moscou, de 1949 a 1971, sendo até hoje o único arqueiro a receber a Bola de Ouro da Revista France Football, prêmio dado para o melhor jogador do ano na Europa. Ao se aposentar, a FIFA o homenageou com uma medalha de ouro especial. Em 1968 foi condecorado com a Ordem de Lenin e em 1999 foi eleito por jornalistas esportivos de seu país o maior esportista russo do século XX. Faleceu em 1990.
Oleg Blokhin foi outro craque soviético. É o jogador que mais vestiu a camisa vermelha, com 112 partidas e 42 gols, participando das Copas do Mundo de 1982 e 1986. Recebeu a Bola de Ouro da France Football em 1975, vestindo a camisa do Dínamo de Kiev, onde jogou sua vida toda e marcou 211 gols em 433 partidas.
Outro jogador soviético a ser eleito o melhor jogador da Europa pela revista France Football foi Igor Byelanov, que a recebeu em 1986. Jogou 33 partidas por sua seleção, de 1985 a 1990, marcando oito gols.
A nível de clubes, os mais tradicionais eram Dinamo de Kiev (13 vezes campeão nacional), Spartak Moscou (12 vezes), Dinamo Moscou (11 vezes) e CSKA Moscou (7 vezes). Internacionalmente, o Dinamo de Kiev foi bicampeão da Recopa Europeia, em 1974/75 vencendo o Ferencvaros da Hungria na final, e em 1985/86, ganhando do Atlético de Madrid. Também o Dinamo Tbilisi foi campeão da Recopa Europeia, na temporada 1980/81, batendo o Carl Zeiss Jena, da Alemanha Oriental na final. O Dinamo Moscou ainda foi vice-campeão na temporada 1971/72. Na Supercopa Européia, o Dynamo de Kiev foi campeão em 1975.
OUTROS ESPORTES
Na canoagem, a União Soviética é o país que mais conquistou medalhas de ouro olímpicas, com 29 medalhas douradas, 13 de prata e 9 de bronze, totalizando 51 medalhas.
Na esgrima, a URSS é o quarto melhor país no quadro de medalhas em Olimpíadas, com 18 de ouro, 15 de prata, 16 de bronze e 49 no total.
No tiro, os soviéticos conquistaram 17 medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos, 15 de prata e 17 de bronze, totalizando 49 medalhas. Já no tiro com arco, no Campeonato Mundial, a União Soviética conquistou 7 ouros, 4 pratas e 2 bronzes, sendo 13 medalhas no total. Em Olimpíadas, ganhou uma medalha de ouro, três de prata e três de bronze, com sete no total.
Na natação, em Jogos Olímpicos, os comunistas foram 13 vezes medalha de ouro, 21 de prata e 26 de bronze, sendo 60 no total. O nadador Igor Polyansky foi medalha de ouro nos Jogos de 1988 e campeão mundial em 1986 nos 100 metros costas e nos 200 metros costas.
No ciclismo, em Jogos Olímpicos, a União Soviética conquistou 11 medalhas de ouro, quatro de prata, nove de bronze e 24 no total.
No hipismo, a União Soviética conquistou seis medalhas de ouro, cinco de prata e quatro de bronze em Jogos Olímpicos. Sergei Filatov, em Roma 1960 e Ivan Kizimov, na Cidade do México 1968 ganharam o ouro no adestramento individual. No adestramento por equipes, levaram a medalha mais cobiçada em Munique 72 e Moscou 80. No CCE por equipes, conquistaram o ouro em casa, em 1980. Nos saltos por equipes, levaram o ouro em 1980.
A União Soviética conquistou cinco medalhas olímpicas de ouro no judô, cinco de prata e 13 de bronze, com 23 no total. Em Moscou 1980, Nikolai Soludukhin levou o ouro no meio-leve. Vladimir Nevzorov (1976 meio-médio), Shota Khabareli (1980 meio-médio), Shota Chochishvili (1972 meio-pesado) e Serhiy Novikov (1976 pesado) também ganharam a medalha de ouro olímpica.
No pentatlo moderno, em Jogos Olímpicos, ganhou cinco medalhas de ouro, cinco de prata e cinco de bronze. Anatoli Starostin (1980 no masculino) foi medalhista de ouro. Nas equipes masculinas, a URSS levou o ouro em 1956, 1964, 1972 e 1980.
Na vela, em Olimpíadas, a União Soviética tem quatro medalhas de ouro, cinco de prata e três de bronze, totalizando 12 medalhas.
Nos saltos ornamentais, os soviéticos ganharam três medalhas de ouro, quatro de prata e seis de bronze, sendo 13 no total em Jogos Olímpicos. Foram ouro no masculino Vladimir Vasin (1972) e Aleksandr Portnov (1980) no trampolim 3 m individual e, no feminino Elena Vaytsekhovskaya, na plataforma 10 m individual em Montreal 1976.
No polo aquático, em Jogos Olímpicos, a URSS ganhou duas medalhas de ouro, duas de prata e três de bronze, totalizando sete. As duas medalhas de ouro foram conquistadas em 1972 e 1980.
Também ganhou duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos no hóquei sobre grama, que foram em 1980, tanto no masculino como no feminino.
Após sua dissolução, oficialmente em 1991, dividindo-se em 15 repúblicas, a União Soviética passou sua herança à Rússia. Nenhuma das repúblicas continuou socialista e jamais conseguiram tais feitos como antigamente. Foi o fim de uma história gloriosa no esporte e que jamais será esquecida.
REFERÊNCIAS
