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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Jogar futebol antigamente era bem mais difícil

Final de ano, mundo do futebol de recesso (com exceção da Inglaterra, esses amam mesmo o futebol!), nada legal passando na TV... Resolvi assistir um jogo de 1982. Há 30 anos, Peñarol e Aston Villa se enfrentavam na Copa Intercontinental, a terceira edição realizada no Japão.

Eram outros tempos. Para um adolescente nascido na década de 1990, assistir a um jogo "retrô" é mais do que a fantasia das histórias futebolísticas. É ver com os próprios olhos como era o esporte, no começo da década de 1980.

Zagueiros cabeludos e barbudos - caso do capitão do Peñarol, Walter Olivera. Camisas para dentro do calção. Chuteiras pretas. Esse era o futebol da época.

Mas ao decorrer do jogo, pensei comigo mesmo "que jogo ruim, os dois times, campeões continentais, jogam muito mal!". Realmente, o jogo não foi muito bom do ponto de vista técnico e tático, vendo com os olhos de quem está acostumado a assistir o Barcelona, o Manchester United, o Bayern de Munique atuais.

No entanto, para analisar com mais precisão os jogos daquela época, antes de criticar, é preciso levar em conta diversos aspectos, dos mais variados.

O campo do Estádio Nacional de Tóquio estava deteriorado, em péssimo estado. E não havia tido nenhum jogo no local antes da final, pois a Copa Intercontinental reunia apenas duas equipes. Os gramados de antigamente não eram tão bem cuidados como hoje, não eram tapetes. Muitos eram pastos esburacados!

Com o gramado ruim, a bola não rola direito. Além disso, as bolas de futebol eram muito mais pesadas que hoje em dia. Nos tempos de Friedenreich, Leônidas da Silva e Pelé, a melhor amiga do jogador era muito bem tratada pelos craques, mas não era fácil domar a redonda. Feita de couro, costurada, com bico que gerava um calombo e chegava a influir na trajetória da bola, ela ainda absorvia água quando o gramado encharcava por causa da chuva, e ficava mais pesada. Mesmo assim, o grande lateral-direito Djalma Santos conseguia, em um arremesso lateral, mandar a bola para dentro da pequena área, possibilitando as chances de gol como se fosse em um escanteio.

Claro que, ao passar dos anos, a bola de futebol foi se modernizando, mas a diferença da bola de 1980 para a de hoje é escandalosa. Hoje os atacantes e goleiros têm a pachorra de reclamar que a bola é ruim, sendo que só falta ela tomar seu caminho por conta própria, tão pequeno pode ser o esforço do jogador. Antigamente os goleiros agarravam chutes violentos sem deixar a redonda escapar, como foi o caso do goleiro do Peñarol, Gustavo Fernández, em diversos chutes dos atacantes do Aston Villa no mundial de 1982. Hoje, com a bola leve, muitos goleiros só conseguem espalmar e bater roupa.

As chuteiras também eram infernais para os jogadores. Ensopava de água, era dura, pesada e com travas perigosas. Hoje, são leves e coloridas.

Os uniformes também eram desconfortáveis. Feitos de tecidos que esquentam o corpo etc. Atualmente, eles são flexíveis, leves e ajudam na transpiração.

A preparação física também é outra coisa que evoluiu muito. Não preciso nem citar os pontos de evolução, que ajudaram os atletas de todos os tipos de esporte. Mas no futebol, juntamente com a parte tática, a preparação física fez com que o estilo de jogo mudasse e facilitasse o jogo bonito e a ascensão de novos craques.

O Peñarol de 1982 e o Peñarol vice-campeão da Libertadores de 2011 são parecidos, curiosamente. O estilo de jogo não mudou, há muitos chutões, jogo amarrado, truncado e pouca técnica. Não que o Peñarol campeão da América e do Mundo em 1982 tivesse pouca técnica, afinal jogavam naquele time nomes como Venancio Ramos e Jair e o matador Fernando Morena. Não, não. Não era um time ruim. O futebol de hoje que é bem diferente do que outrora. Só o Peñarol e os times uruguaios é que não perceberam.

Um ponto interessante dessa drástica mudança no futebol são as regras. Algumas regras, que para alguns podem ser inexpressivas, nos mostram a diferença do jogador de outras épocas para o jogador atual.

Em meados dos anos 90 os goleiros foram proibidos de pegar com a mão as bolas recuadas. Imagine se, nos tempos de Pelé, Puskas, Bobby Charlton, Eusébio,Falcão, Zico, Sócrates, o goleiro usasse apenas os pés em bolas recuadas. Com sua malandragem, o Negrão iria infernizar (mais ainda) a zaga adversária. Ao invés de marcar mil gols, marcaria dois mil! Não vejo Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, se aproveitarem dessa vantagem que Pelé não teve.

E o impedimento, que, quando o atacante estando na mesma linha dos zagueiros, deveria ser marcado? Hoje é o contrário.

É por tudo isso e mais uns cem motivos, que mais uma vez cheguei à conclusão de que os jogadores de antigamente, quando o futebol tinha ares românticos e sem nenhuma frescura, ainda são superiores aos popstars da atualidade.

Ah, já ia me esquecendo. O Peñarol venceu o Aston Villa por 2 a 0, ergueu a taça na frente dos ingleses, e deu a volta olímpica, que os uruguaios inventaram.

Até o ano que vem!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Entrevista: J.H. Marques, presidente da Frente Nacional dos Torcedores

João Hermínio Marques é advogado, sócio proprietário do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e presidente da Frente Nacional dos Torcedores.

Para ele, a mobilização social é o maior instrumento contra as injustiças sofridas no futebol e na sociedade em geral, e conta como ela é importante, tanto que ajudou a derrubar um dos maiores ditadores do futebol mundial, Ricardo Teixeira.

Aqui você vai conhecer um pouco mais sobre a Frente Nacional dos Torcedores, em entrevista dada por João Hermínio Marques a Eduardo Vasco, via rede social.

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O que é a Frente Nacional dos Torcedores?

A FNT é o movimento social que luta por um futebol justo, democrático e popular. Entendemos "justo" como contra a corrupção. Entendemos "democrático" como parte da nossa luta pela democratização das instâncias decisórias do futebol (clubes, federações e CBF). Entendemos "popular" pela defesa do futebol do povo, afinal, somos a contra-corrente desse processo de elitização do futebol, ora apelidado pela nossa militância como "futebol moderno". Embora seja um erro conceitual dizer isso, o que vale é que lutamos contra a elitização do futebol.

Como se formou?

A FNT formou-se pela internet a partir de um fórum de debates sobre torcidas e futebol em geral. Porém, sempre fomos contrários às mobilizações meramente virtuais. E em alguns meses realizamos o I Encontro Nacional dos Torcedores, onde foi eleita uma direção definitiva e foi aprovado um estatuto social do movimento.

Atua em todo o País?

Temos filiais ativas como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte. E estamos recomeçando nosso trabalho em Minas e em São Paulo. Assim, como estamos iniciando na Bahia, no Pará e no Maranhão. Sim, nós queremos ter tentáculos em todo o país. Afinal, nascemos para defender todos os torcedores brasileiros.

Quais as principais conquistas da FNT?

O "Fora Teixeira", sem dúvida nenhuma. Antes do nosso movimento, Ricardo Teixeira era "incaível". Somente quando a gente botou o bloco na rua com milhares de pessoas que o quadro do Teixeira começou a desmoronar. Evidentemente que ele não caiu só por causa da gente. No entanto, tivemos uma enorme parcela nesse processo. E isso é motivo de orgulho. Claro que ele caiu e entrou o "Zé Medalha", porém já foi um avanço. É lutando e continuando a lutar que conquistaremos mudanças mais profundas. Basta ver que a CBF do Teixeira era estável. A do Marin já não é.

Por que lutar?

Lutamos porque acreditamos na mudança social pelo futebol. Lutamos porque queremos mudar o futebol. Lutamos porque amamos o futebol. Lutamos pelas ideias do Dr. Sócrates. Lutamos pelo nosso sonho de Torcedor apaixonado.

Os brasileiros se acomodaram e deixaram de lutar por seus ideais?

O Brasil vive uma fase de imobilismo social. Não tem como negar que a estabilidade do Plano Real, e depois os avanços sociais (ainda que não profundos, isto é, avanços superficiais), não tem como negar que o quadro nacional hoje facilita essa estagnação da massa e esse marasmo político. Outro grande fator culpado disso foi a ascensão da "oposição" histórica no poder. A "situação" de mais de 500 anos não possui vontade de agito. E a pretérita "oposição" não pensa em fazer agito agora que está no governo. É uma situação complexa. No entanto, o brasileiro não é um povo acomodado. Isso é uma inverdade. Olhe para nossa história: Tiradentes, Zumbi, João Cândido, Canudos, Lampião, Brizola na Legalidade. O brasileiro é povo de luta. Basta acordar desse berço esplêndido. E aí surge a tarefa: como acordar? Nosso movimento entende que o futebol é o modus operandi mais qualificado para englobar a massa na luta por justiça social. O problema é a dificuldade, devido a baixa inteligência e compreensão da realidade, dos "líderes políticos" abraçarem essa ideia.

Quais os planos da FNT para 2013? Continuará a luta contra a privatização do Maracanã? Tem algum plano de protestos para a volta das bandeiras de cabo aos estádios de São Paulo?

A luta contra a privatização do Maraca é permanente. E, mesmo que a gente consiga impedir a privatização, seguiremos na luta por um Maraca com cara de Torcedor, não elitista, por um Maraca popular. Lutaremos por mudanças no Estatuto do Torcedor. Lutaremos pela aprovação da PEC Dr. Sócrates (202/2012), a PEC da regulamentação desportiva. E, sim, caso a gente consiga o quanto antes reestruturar a FNT em São Paulo, vamos para esse combate pela volta das bandeiras.

Quais as consequências da realização da Copa do Mundo para o povo e para o torcedor brasileiro?

A Copa do Mundo é uma grande festa. O povo gosta. Não podemos negligenciar isso. Nós Torcedores, mesmo, gostamos bastante. A grande questão é se a Copa vai elitizar o futebol nacional. Infelizmente já temos esse reflexo. E isso não é positivo. Não lutamos contra a Copa. No entanto, lutamos por um legado verdadeiramente social-esportivo com a Copa no Brasil. E lutamos por uma Copa do povo, uma Copa com cara do povo brasileiro.

Como o torcedor comum pode ajudar a FNT nessa luta popular?

O torcedor comum pode ajudar seguindo nossas páginas no facebook, filiando-se em nosso site (infelizmente hoje fora do ar), e participando dos nossos eventos.



Clique aqui e visite o facebook oficial da Frente Nacional dos Torcedores.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Jonás Ramalho, a estrela negra do Athletic Bilbao

Nascido em 10 de junho de 1993 na cidade de Barakaldo, País Basco, Jonás Ramalho Chimeno é o primeiro jogador negro a atuar pelo Athletic Bilbao, que tem tradição de só aceitar jogadores de ascendência basca em seu elenco.

"Ramalho" vem do sobrenome de seu pai, angolano e "Chimeno", de sua mãe, basca, nascida no município de Portugalete.

Ramalho vem atuando nas últimas partidas do Athletic, inclusive como titular.

Desde os 10 anos joga nas categorias de base do clube basco. Conquistou a Copa do Rei Juvenil em 2010.

Pela seleção espanhola, conquistou o 3º lugar na Copa do Mundo Sub-17 em 2009, foi vice-campeão da Eurocopa Sub-17 em 2010 e campeão do Europeu Sub-19 em 2010/2011 e 2011/2012.

O zagueiro de 1,81 m também é o jogador mais jovem a atuar pelo Athletic Bilbao. Sua estreia na Liga Espanhola se deu em 20 de novembro de 2011, na vitória por 2 a 1 contra o Sevilla, fora de casa, no estádio Ramón Sánchez Pizjuán.

Ramalho é uma das grandes promessas dos Leones de San Mamés para as próximas temporadas.

domingo, 18 de novembro de 2012

Um ás na rede, Stepanek joga com o coração e dá o título da Copa Davis para a República Tcheca

A primeira vez que eu usei a palavra ás para falar de alguém foi sexta-feira, quando Stepanek jogou contra David Ferrer. Falei para meu pai: "Stepanek é um ás na rede!". Isso não é nenhuma novidade, todos sabem que o tenista tcheco encara as bolas na rede como poucos.

Stepanek perdeu esse jogo contra o Ferrer, mas, junto a Tomas Berdych, conseguiu a vitória nas duplas no sábado. Neste domingo, quando o placar da final apontava 2 a 1 para a República Tcheca contra a Espanha, Ferrer tratou de empatar o confronto, após bater Berdych por 3 sets a 0.

A última partida do dia, que decidiria o título da centésima edição da Copa Davis, foi entre Radek Stepanek e Nicolás Almagro, que haviam perdido seus jogos de simples na sexta-feira.

A torcida tcheca não deixou de apoiar os jogadores nem por um segundo, gritando inclusive entre os pontos. Stepanek estava embalado e quebrou um saque de Almagro, o que já foi necessário para ganhar o set, 6-4. Detalhe: o tcheco foi 16 vezes à rede e ganhou 12 pontos, 76% de aproveitamento.

No segundo set, Stepanek continuou perturbando os games de saque do espanhol, sempre chegando a 40 iguais ou break points. O tcheco teve, inclusive, nove break points, mas só aproveitou um. Almagro, por sua vez, teve quatro break points, aproveitando um também. Desta forma, o set foi para o tiebreak, onde Stepanek arrasou o número 11 do mundo. O tcheco não deixou o espanhol ganhar um ponto, vencendo assim por 7 a 0. O número 37 do ranking subiu 25 vezes à rede e ganhou 15 pontos, aproveitamento de 60%.

Almagro não desistiria tão facilmente da partida, e jogou a sobrevivência da Espanha na disputa do título no terceiro set. Uma quebra de serviço foi o suficiente para vencer o set por 6-3, pois Stepanek não conseguiu devolver o break, apesar de ter ganhado 64% dos pontos na rede (11 subidas e 7 pontos ganhos).

Os principais pontos de Stepanek no jogo foram ganhos na rede, apesar de ter tido alguns erros que não se pode cometer. Mas o quarto set também foi jogado na raça, no coração. No sétimo game, quando o tcheco já havia quebrado o saque do espanhol, ele foi à rede e Almagro tentou a passada na paralela, mas Stepanek não deixou, fazendo malabarismo como se fosse uma defesa de goleiro de futebol, e acabou ganhando o ponto quando Almagro mandou a bola para fora. Stepanek vibrou, uma vibração de quem dá tudo pelo seu país na disputa de um título tão importante como a Davis.

No quarto set, Stepanek teve 70% de aproveitamento na rede, ganhando sete dos dez pontos disputados. Mas o último ponto do jogo não foi em um voleio. Aliás, Stepanek nem havia subido à rede, estava no fundo, quando Almagro, com um erro não forçado, mandou a bola na rede. O tcheco desabou e chorou, enquanto seus companheiros correram para abraçá-lo.

Stepanek também chorou ao cantar o hino tcheco com seus companheiros, e depois comemorou novamente. Ainda está comemorando.

Esse título foi seu, Stepanek. Você deu o título para a República Tcheca. Com 34 anos, mostrou novamente como joga muito bem, como é um exímio voleador, como é um ás na rede.

A Tchecoslováquia havia ganho o título da Copa Davis em 1980. Agora, a República Tcheca vence o torneio em 2012.

Foto: Getty Images

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Brasil cai-cai e má arbitragem: estamos atrasados em comparação com europeus e, sobretudo, com os argentinos

Há algo muito ruim acontecendo no futebol brasileiro. A arbitragem está cada vez pior e a encenação dos jogadores não ajuda em nada a acabar com esse problema. Os jogadores, de todos os times do Campeonato Brasileiro, tentam em todo momento iludir os árbitros, cavando faltas e expulsões. Algumas vezes essas jogadas soam como banais e causam a indignação do torcedor.

Os árbitros, no auge de sua prepotência, chegam a expulsar um jogador por ele reclamar - às vezes uma reclamação legítima - dos abusos cometidos em campo. Não há santo em nenhum dos lados, mas também não há um padrão de jogo neste quesito.

Em vários lugares do mundo onde o futebol também é forte, a coisa não é assim. A arbitragem europeia, em geral, não marca muitas faltas, ou pelo menos marca menos faltas que no Brasil. No caso da Argentina, não há tal anarquia em termos de arbitragem e cai-cai. Nossos vizinhos levam o futebol tão a sério como nós, uma verdadeira paixão, todos já sabem. Os jogadores disputam cada bola, cada dividida, como se fosse uma batalha. Eles não tentam ludibriar a arbitragem, pois sabem que o juiz deixa o jogo correr, não marca qualquer falta.

Vamos comparar os principais campeonatos europeus e o Argentino com o Campeonato Brasileiro, levando em conta as faltas marcadas na rodada deste final de semana de cada campeonato nacional:

Campeonato Brasileiro (28ª rodada):

Flamengo x Bahia  - 29 faltas (6 x 23)
Portuguesa x Sport Recife - 45 faltas (28 x 17)
Coritiba x Ponte Preta - 39 faltas (21 x 18)
São Paulo x Palmeiras - 31 faltas (14 x 17)
Santos x Internacional - 29 faltas (16 x 13)
Náutico x Corinthians - 44 faltas (23 x 21)
Atlético/GO x Vasco da Gama - 31 faltas (11 x 20)
Fluminense x Botafogo - 37 faltas (16 x 21)
Grêmio x Cruzeiro - 34 faltas (10 x 24)
Atlético/MG x Figueirense - 34 faltas (15 x 19)

Jogo mais faltoso: Portuguesa x Sport (45 faltas)
Jogo menos faltoso: Flamengo x Bahia / Santos x Internacional (ambos 29 faltas)

Média de 35,3 faltas por jogo

Campeonato Inglês (7ª rodada):

Jogo mais faltoso: West Bromwich x Queen's Park Rangers / Wigan x Everton (ambos 28 faltas)
Jogo menos faltoso: Chelsea x Norwich (9 faltas)

Média de 21,7 faltas por jogo

Campeonato Alemão (7ª rodada):

Jogo mais faltoso: Greuther Fürt x Hamburgo (45 faltas)
Jogo menos faltoso: Schalke 04 x Wolfsburg (30 faltas)

Média de 37,3 faltas por jogo

Campeonato Italiano (7ª rodada):

Jogo mais faltoso: Siena x Juventus (41 faltas)
Jogo menos faltoso: Genoa x Palermo / Roma x Atalanta / Pescara x Lazio (24 faltas)

Média de 30,3 faltas por jogo

Campeonato Espanhol (7ª rodada):

Jogo mais faltoso: Zaragoza x Getafe (46 faltas)
Jogo menos faltoso: Athletic Bilbao x Osasuna (21 faltas)

Média de 32 faltas por jogo

Agora a Primera División da Argentina, onde talvez exista a melhor arbitragem do mundo:

Campeonato Argentino (10ª rodada):

Lanús x Unión de Santa Fé - 18 faltas (6 x 12)
Argentinos Juniors x Tigre - 25 faltas (10 x 15)
San Martín de San Juan x All Boys - 22 faltas (11 x 11)
San Lorenzo x Arsenal de Sarandí - 10 faltas (4 x 6)
Estudiantes x Quilmes - 8 faltas (1 x 7)
Colón x Racing - 17 faltas (9 x 8)
Belgrano x Boca - 14 faltas (6 x 8)
Independiente x Atlético Rafaela - 11 faltas (3 x 8)
Newell's Old Boys x Vélez Sarsfield - 10 faltas (5 x 5)
River Plate x Godoy Cruz - 17 faltas (10 x 7)

Jogo mais faltoso: Argentinos Juniors x Tigre (25 faltas)
Jogo menos faltoso: Estudiantes x Quilmes (8 faltas)

Média de 15,2 faltas por jogo

É, parece que ainda temos que aprender muito com os de fora, sobretudo com nossos hermanos, que estão ao nosso lado geograficamente, mas em termos de arbitragem, se encontram anos luz à nossa frente.


Fontes: soccerway e ESPN Deportes

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Brasil conquista seu melhor desempenho nos Jogos Paralímpicos em sua história



As Paralimpíadas chegaram ao fim com a melhor participação do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. O país ficou na sétima posição no quadro geral com um total de 43 medalhas. Com 21 medalhas de ouro, 14 de prata e oito de bronze, o Brasil ficou atrás apenas da China, que liderou com folga com 231 medalhas no total e 95 de ouro, Rússia, Reino Unido, Austrália, Ucrânia e Estados Unidos.

Em 2008, o Brasil havia ficado na nona posição apesar de ter conquistado mais medalhas no total. Foram 47, sendo 16 de ouro. O melhor desempenho em Londres deve muito à performance na natação, com nove medalhas de ouro, sendo seis de Daniel Dias e três de André Brasil. Com sete ouros, o atletismo também se destacou.

O próprio Daniel Dias foi o grande nome brasileiro no evento. O nadador venceu todas as categorias que disputou: 50m peito na SB4 e 50m costas, 50m borboleta, 50m livre, 100m livre e 200m livre na S5. Contando também os Jogos Paralímpicos de 2008, o atleta chegou às 15 medalhas no total e se tornou o maior medalhista do país, superando o também nadador Clodoaldo da Silva e a corredora Ádria Santos.
 
No total de medalhas, porém, o atletismo foi ainda melhor que a natação: foram 18 medalhas contra 14. Alan Fonteles, de apenas 20 anos, foi o grande nome ao desbancar a principal estrela dos Jogos, o sul-africano Oscar Pistorius e conquistar o ouro nos 200m rasos da T44. As outras medalhas de ouro brasileiras vieram na bocha, terceira modalidade com melhor desempenho com três campeões, na esgrima e no futebol de 5.

O desempenho do país atingiu as metas traçadas pelo CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro). “Atingimos nossos objetivos gerais, a avaliação é a melhor possível. Ficamos no sétimo lugar no quadro de medalhas e conquistamos 21 medalhas de ouro ouros”, declarou Andrews Parsons, presidente da entidade.

(Veja matéria completa sobre a festa de encerramento dos Jogos: http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/09/olimpiadas-de-2012/jogos-paralimpicos-chegam-ao-fim-com-melhor-participacao-brasileira.html )

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Confira as medalhas por esporte da equipe brasileira nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012:

Natação - 9 de ouro, 4 prata, 1 bronze = 14 no total
Atletismo - 7 de ouro, 8 de prata, 3 de bronze = 18 no total
Bocha - 3 de ouro, 0 de prata, 1 de bronze = 4 no total
Esgrima em cadeira de rodas - 1 de ouro, 0 de prata, 0 de bronze = 1 no total
Futebol de cinco - 1 de ouro, 0 de prata, 0 de bronze = 1 no total
Judô - 0 de ouro, 1 de prata, 3 de bronze = 4 no total
Goalball - 0 de ouro, 1 de prata, 0 de bronze = 1 no total

Brasil - 21 de ouro, 14 de prata, 8 de bronze = 43 medalhas no total

(Dados: Wikipédia)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Por que o tênis é considerado um esporte de elite?

O tênis é considerado um esporte de elite, que só é praticado, em sua maioria, pela garotada em clubes particulares. O grande erro do tênis no Brasil é ele não ser democratizado. Precisamos tirar este estigma de elite para o tênis encontrar seu caminho novamente.

A falta de espaços que não sejam particulares para a prática do tênis é um empecilho para o desenvolvimento ainda maior do esporte no País. Temos poucas quadras públicas. Só em Buenos Aires, por exemplo, existem mais quadras públicas que no Brasil inteiro.

O tênis necessita de um investimento médio em torno de 500 reais (entre aulas e materiais), e era ainda mais elitizado na década de 1980. Uma grande barreira para a popularização do esporte é que ele não faz parte da grade curricular de Educação Física nas escolas e na faculdade.

E também há pouco incentivo por parte do governo e da mídia para a prática do esporte...

domingo, 26 de agosto de 2012

História do tênis no Brasil

O tênis chegou ao Brasil pelas mãos dos engenheiros ingleses que vinham trabalhar no País no final do século XIX. Os berços do tênis no Brasil são o Rio Cricket, no Rio de Janeiro, mais precisamente em Niterói, e o Wahallah, em Porto Alegre.

Com a fundação do Fluminense Futebol Clube, no Rio de Janeiro, e do Clube Atlético Paulistano, em São Paulo, o esporte se difundiu, embora até a Primeira Guerra Mundial houvesse pouquíssimos torneios.

Nélson Cruz e Ricardo Pernambuco foram os primeiros brasileiros a participar da Copa Davis, em 1932. Alcides Procópio se tornou o primeiro brasileiro a disputar o torneio de Wimbledon, em 1938. Ele também ganhou o primeiro título oficial de campeão brasileiro de simples, em 1943.

Somente após a criação das federações regionais, que controlavam o esporte em âmbito estadual, o tênis ganhou mais divulgação. Em nível nacional, coube a Confederação Brasileira de Desportos dirigir o esporte até 1956, quando foi fundada a Confederação Brasileira de Tênis.

Falando sobre os principais tenistas brasileiros de todos os tempos, não podemos deixar de citar uma das mais vencedoras tenistas da história: Maria Esther Bueno, a maior atleta do tênis brasileiro. Maria Esther venceu, em simples, três vezes o Torneio de Wimbledon (1959, 1960 e 1964), quatro vezes o US Open (1959, 1963, 1964 e 1966), foi vice-campeã de Roland Garros em 1964 e do Aberto da Austrália em 1965. Nas duplas, Maria foi campeã dos quatro Slams: Aberto da Austrália (1960), Roland Garros (1960), Wimbledon (1958, 1960, 1963, 1965 e 1966) e US Open (1960, 1962, 1966 e 1968). Foi número 1 do mundo de 1959 a 1966.

Thomaz Koch foi considerado, em 1963, o melhor tenista de 18 anos do mundo, quando alcançou a semifinal do US Open. Venceu os ATP's de Barcelona e Washington. Fez dupla com Edson Mandarino, formando a terceira dupla mais vencedora de todos os tempos, com 23 vitórias e apenas 9 derrotas em dez anos de Copa Davis. Koch chegou a ser o 24º melhor tenista do ranking mundial.

Nos anos 1970 surgia Carlos Alberto Kirmayr, que chegou ao posto de 31 do ranking mundial da ATP no começo dos anos 1980. E no final dos anos 1980, mais precisamente em 1989, Luiz Mattar foi o 29º do mundo.

Em 1992, o Brasil conquistou seu maior desempenho em Copa Davis: com Luiz Mattar, Cássio Motta, Fernando Roese e Jaime Oncins, chegamos às semifinais do Grupo Mundial, batendo Alemanha e Itália.

Jaime Oncins foi campeão do Torneio de Bolonha em 1992, em simples, além de semifinalista de Roland Garros em 2000, nas duplas. Chegou a ser número 34 do mundo no ranking de simples.

Fernando Meligeni, o Fininho, que nasceu na Argentina, chegou a ser o 25º do ranking, em 1999. Foi semifinalista dos Jogos Olímpicos de Atlanta-96 e em Roland Garros, 1999. Ganhou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003. Entre os seus melhores resultados estão a vitória contra Pete Sampras, no Masters 1000 de Roma em 1999, Yevgeny Kafelnikov em 1998 e 1999, Carlos Moya em 1999, Magnus Norman em 1995, Mats Wilander em 1996 e Alex Corretja em Roland Garros 1999.

E o maior tenista da história do Brasil: Gustavo Kuerten. Guga foi nº 1 do mundo em 2000 e entre os vários torneios que conquistou, estão o Masters 1000 de Monte Carlo (2 vezes), Roma, Hamburgo e Cincinnati, o Masters Cup de Lisboa (2000) e os três títulos de Roland Garros, em 1997, 2000 e 2001.

Atualmente temos Thomaz Bellucci como a maior esperança de conquistas do tênis brasileiro. Apesar dos altos e baixos, já conseguiu algumas conquistas com certo peso, como os títulos do ATP 250 de Gstaad (em 2009 e 2012) e do ATP 250 de Santiago do Chile.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Londres 2012: A Olimpíada do boxe brasileiro

Essa foi a melhor participação do boxe brasileiro na história dos Jogos Olímpicos. Duas medalhas no pugilismo masculino e uma inédita no feminino.

Adriana Araújo, baiana, 30 anos. Na categoria peso leve para até 60 kg, Adriana chegou às semifinais, garantindo a medalha de bronze. Ela perdeu na semifinal para a russa Sofya Ochigava, mas como no boxe não existe decisão de medalha de bronze e as duas perdedoras das semifinais conquistam automaticamente a medalha, Adriana fez história, quando pela primeira vez uma mulher brasileira ganhava uma medalha no boxe olímpico.

Yamaguchi Falcão Florentino, filho de seu Touro Moreno, também pugilista, conquistou a medalha de bronze na categoria meio pesado (até 81 kg), após bater nas quartas de final o cubano campeão mundial em 2011 e número 1 do mundo, Julio La Cruz Peraza.

Irmão de Yamaguchi, Esquiva Falcão foi ainda melhor: deu ao Brasil sua melhor colocação no boxe olímpico, ao alcançar a medalha de prata na categoria até 75 kg. Na final ele perdeu por um ponto de diferença para o japonês Ryota Murata, devido a penalização sofrida pelo brasileiro por agarrar demais o adversário.

Até os Jogos de Londres 2012, a única medalha conquistada pelo boxe brasileiro em Olimpíadas havia sido do grande Servílio de Oliveira, em 1968, na Cidade do México.

Esperamos que daqui a quatro anos novos talentos surjam no boxe brasileiro, para fazer uma boa campanha nos Jogos do Rio de Janeiro. Esperamos também que haja mais incentivo à modalidade e que o dinheiro investido no esporte vá realmente para o esporte, e não para o bolso dos dirigentes.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Wlamir Marques, o mestre do basquete brasileiro


Wlamir Marques nasceu em 16 de julho de 1937, na cidade de São Vicente - SP. É considerado por muitos o maior jogador de basquete da história do Brasil. Sua história se confunde com a história da melhor geração do basquete do nosso país.

Wlamir começou jogando basquete em sua cidade natal. Em 1953, aos 16 anos, foi para Piracicaba defender o XV, onde conquistou por duas vezes o Campeonato Paulista, em 1957 e 1960.

Um ano após a chegada em Piracicaba, foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira. Disputou o Campeonato Mundial, ficando em segundo lugar, atrás apenas dos EUA. Em 1955, o basquete brasileiro conquistou o bronze nos Jogos Pan-Americanos. Dois anos depois, pela seleção brasileira, chegou em 6º lugar na Olimpíada de Melbourne.

Mais uma medalha de bronze com a seleção no Pan de Buenos Aires, em 1959. Neste mesmo ano, Wlamir, o "Diabo Loiro", foi cestinha do Mundial do Chile, levando a seleção brasileira ao inédito título, no Estádio Nacional de Santiago, com uma vitória sobre nada mais nada menos que os Estados Unidos na final.

Um ano depois, o Brasil chegava aos Jogos Olímpicos de Roma como um dos favoritos a medalha. Wlamir Marques sempre fala que sua geração sempre ia jogar todos os torneios para conquistar o título. A medalha de bronze foi um título para a seleção brasileira, ficando atrás apenas de Estados Unidos e União Soviética.

Essa foi uma grande campanha do Brasil. Na fase preliminar, o elenco liderado por Wlamir e composto também por craques como Rosa Branca, Amaury Pasos, Moyses Blas, Edson Bispo, Waldemar Blatkauskas, Carlos Mosquito, Fernando Brobró, Algodão, Waldyr Boccardo, Jatyr Schall e Antônio Sucar venceu Porto Rico (75-72), União Soviética (58-54), México (80-72). Na fase semifinal, o time jogou contra a Itália (78-75), Polônia (77-68) e Tchecoslováquia (85-78). Nas finais, os brasileiros perderam para a União Soviética (64-62) e para os EUA (90-63), terminando com o terceiro lugar.

No ano de 1962, Wlamir foi jogar no Corinthians, time no qual conquistou oito campeonatos paulistas, de 1964 a 1971. No time paulistano, também sagrou-se três vezes campeão brasileiro, além de outros títulos, como campeonatos sul-americanos.

Em maio de 1963, o Rio de Janeiro sediou o Campeonato Mundial de Basquete. O Brasil de Wlamir defendia o título de quatro anos antes. A seleção brasileira conquistou novamente a medalha de ouro, à frente de Iugoslávia, União Soviética e Estados Unidos (que ficou em 4º). Wlamir foi o cestinha do campeonato mais uma vez e, junto a Amaury Pasos, teve lugar na seleção do campeonato.

No mesmo ano de 1963, o Brasil conquistou a medalha de prata dos Jogos Pan-Americanos realizados em São Paulo.

Wlamir Marques foi o porta-bandeira da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio-1964. No torneio olímpico de basquete, o Brasil estreou sendo surpreendido pelo Peru (derrota de 58-50). Os outros resultados foram contra a Iugoslávia (68-64), Coreia do Sul (92-65), Finlândia (61-54), Uruguai (80-68), EUA (53-86) e Austrália (69-57). Na semifinal a seleção brasileira perdeu para a União Soviética (53-47) e disputou o bronze com Porto Rico, vencendo por 76-60 e conquistando a segunda medalha para o basquete olímpico brasileiro. Faziam parte desta seleção, além de Wlamir Marques, Amaury Pasos, Ubiratan, Jatyr Schall, Edvar Simões, Friedrich Fritz, Edson Bispo, Carlos Mosquito, Rosa Branca, Antônio Sucar, Sérgio Macarrão e Victor Mirshawka.

Wlamir ainda conquistou a medalha de bronze om a seleção brasileira no Campeonato Mundial de 1967, em Montevidéu, ficando à frente dos Estados Unidos.

Em sua última Olimpíada, na Cidade do México 1968, ajudou a seleção brasileira a conquistar um honroso quarto lugar e ainda foi o único do time a entrar para a seleção do campeonato.

Com a seleção brasileira, Wlamir Marques ainda conquistou a medalha de prata no Campeonato Mundial de 1970, perdendo a final para os donos da casa, a ótima seleção da Iugoslávia. Ainda em sua trajetória pela seleção, conquistou quatro títulos sul-americanos.

Em 1972, com a dissolução do basquete no Corinthians, Wlamir Marques foi jogar no Tênis Clube Campinas, onde também foi treinador. Como técnico, Wlamir Marques ganhou três vezes o Campeonato Paulista feminino e uma vez o masculino.

Assista o programa Juca Entrevista, para conhecer melhor o mestre Wlamir Marques e sua belíssima história  no basquete

Fotos: Blog Bala na Cesta

Referências
O Globo
Wikipédia
Blog Bala na Cesta
Celtics Brasil
Que fim levou?
Portal IG

Nelson Prudêncio, triplista olímpico



Nelson Prudêncio nasceu em Lins (SP) dia 4 de abril de 1944. Participou de sua primeira competição de atletismo em 1964 e quando se aposentou, em 1976, tinha no currículo três participações em Jogos Olímpicos e Pan-Americanos.

Mais que isso, Nelson Prudêncio não apenas participou desses torneios. Ele ganhou medalhas, tanto nas Olimpíadas quanto nos Jogos Pan-Americanos.

Em sua primeira participação no Pan, Prudêncio saltou 16,45m em Winnipeg 1967 só perdendo para o estadunidense Charles Craigg,que obteve a marca de 16,54m. Essa foi sua primeira medalha importante no salto triplo.

Um ano depois, estava representando o Brasil na Olimpíada da Cidade do México. Após nove quebras consecutivas do recorde mundial, de Nelson, de Viktor Saneyev e do italiano Giuseppe Gentile, o brasileiro conquistou a medalha de prata olímpica, atrás do soviético, que levou o ouro.

Em 1971, nos Jogos Pan-Americanos de Cali, Prudêncio ficou em segundo, ganhando a medalha de prata. O ouro foi conquistado pelo cubano Pedro Pérez, que quebrou o recorde mundial.

Nelson Prudêncio foi quarto colocado nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México em 1975 e ainda disputou os Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal. Se aposentou logo depois da Olimpíada.

Foto: Instituto Memorial do Salto Triplo

Referências
Confederação Brasileira de Atletismo
Wikipédia
Atletx.com
Que fim levou?
Instituto Memorial do Salto Triplo
Veja

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Servílio de Oliveira, único medalhista olímpico do boxe brasileiro

Servílio de Oliveira, à esquerda


Servílio de Oliveira nasceu em São Paulo, em 6 de maio de 1948, e é o único brasileiro a conquistar uma medalha no boxe nos Jogos Olímpicos, na Cidade do México em 1968.

Em 1966, como amador, conquistou o título do torneio A Gazeta Esportiva, no Ginásio do Pacaembu lotado. No mesmo ano, venceu o Torneio dos Campeões e foi vice-campeão paulista.

Começou sua escalado em direção aos Jogos Olímpicos no ano de 1967, sendo campeão paulista, brasileiro, do Torneio dos Campeões e quarto colocado nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg.

Antes de embarcar para as Olimpíadas de 1968, ainda venceu mais uma vez o Campeonato Paulista e o Brasileiro e também o Campeonato Latino-Americano, em Santiago do Chile. Servílio foi com muita confiança para a Cidade do México.

No México, disputando o pugilismo na modalidade peso mosca, Servílio de Oliveira venceu Engin Yedgard da Turquia e Joe Destimo de Uganda e chegou na semifinal. A derrota na semifinal contra o mexicano Ricardo Delgado, embora doída, não desanimou o brasileiro, que ainda conquistou a medalha de bronze, primeira e única medalha olímpica na história do boxe brasileiro.

Logo depois da Olimpíada, já como profissional, Servílio sagrou-se novamente campeão brasileiro. Também conquistou o título sul-americano dos moscas, no Equador.

Em 1971, sua carreira foi interrompida devido a um deslocamento da retina, o que o impediu de brigar pelo título mundial. Voltou a lutar quatro anos depois, mas não era mais o mesmo, embora tivesse conquistado novamente o título brasileiro dos moscas.

Servílio de Oliveira encerrou sua carreira em 1978, com um cartel de 30 vitórias e 5 derrotas como amador e 20 vitórias em 20 lutas como profissional. Um verdadeiro mito, eternizado nos ringues junto ao seu ídolo de infância, o grande Éder Jofre.

Referências
Servílio de Oliveira (site oficial)
Wikipédia
Que fim levou?


Foto: Esporte em pauta

terça-feira, 17 de julho de 2012

João do Pulo, duas medalhas de bronze em Olimpíadas

João Carlos de Oliveira, conhecido como João do Pulo, nasceu em 1954, na cidade de Pindamonhangaba (SP) e é considerado um dos maiores atletas brasileiros de todos os tempos.

João do Pulo começou no atletismo, mais precisamente no salto triplo, aos 17 anos, quando estava no Exército Brasileiro, onde permaneceu por 14 anos.

Em 1973, quebrou o recorde mundial júnior de salto triplo, no Sul-Americano da mesma categoria. Neste mesmo ano conquistou o Campeonato Paulista e o Troféu Brasil.

Dois anos depois, João disputou, já como profissional, os Jogos Pan-Americanos da Cidade do México. Bateu o recorde mundial no salto triplo e conquistou a medalha de ouro na mesma prova e no salto em distância.

O brasileiro defendeu a bandeira de seu país na Olimpíada de Montreal-1976 com êxito, levando a medalha de bronze no salto triplo.

No Pan-Americano de San Juan, em 1979, João do Pulo conquistou mais uma dobradinha, as medalhas de ouro no salto triplo e no salto em distância.

Conquistou mais uma vez a medalha de bronze olímpica, nos jogos de Moscou, em 1980, no salto triplo.

Um ano depois, João sofreu um grave acidente de carro e teve que amputar a perna direita, dando fim a sua vitoriosa carreira como atleta.

João do Pulo faleceu em 29 de maio de 1999, um dia depois de completar 45 anos, em decorrência de cirrose hepática.

Referências
Jornal do Brasil
Que fim levou?
Wikipédia
Algo Sobre
Copacabana Runners

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Abebe Bikila, a lenda do atletismo olímpico



Abebe Bikila nasceu na Etiópia em 7 de agosto de 1932, mesmo dia da Abertura dos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Talvez isso já fosse um presságio para as glórias que viriam anos depois.

Para ajudar a sustentar a família, Bikila se alistou na Guarda Imperial da Etiópia, aos 17 anos. Lá, foi descoberto pelo treinador da equipe olímpica de atletismo, o sueco Onni Niskanen, que viu o menino correr somente aos 24 anos. Niskanen obteve provavelmente seu maior acerto na carreira: levar Abebe Bikila para os Jogos Olímpicos de 1960.

Em Roma, Bikila decidiu correr a maratona descalço, pois os tênis que lhe foram oferecidos não proporcionavam conforto suficiente, e o etíope já estava acostumado a correr longas distâncias descalço em seu país.

Em 2h15min16s, o etíope tornou-se o primeiro africano negro a conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, chegando em primeiro lugar, a frente do favorito a ganhar a prova, o marroquino Rhadi Ben Abdesselam. Essa foi a primeira vez que uma maratona foi disputada a noite, e o etíope, descalço, conseguiu o tão famoso feito, além de bater o recorde mundial.

Quatro anos depois, Bikila estava novamente disputando uma Olimpíada, em Tóquio. Porém teve problemas de saúde e, agora calçando tênis, compareceu às ruas da capital japonesa. Conquistou nova medalha de ouro, batendo outro recorde mundial: 2h12min11s.

Entre 1960 e 1966, Bikila venceu 12 das 13 maratonas que completou. Só não venceu em Boston 1963, onde terminou em quinto.

A última vez que o etíope disputou uma Olimpíada foi na Cidade do México, em 1968. Porém, no km 17 da maratona, Bikila teve uma contusão no joelho e foi obrigado a abandonar a prova.

Um ano depois, sofreu um acidente com o fusca que o governo etíope o havia presenteado após a medalha em 1964. Bikila ficou de cadeira de rodas até sua morte, em 1973, aos 41 anos, por causa de uma hemorragia cerebral, complicação neurológica decorrente do acidente de carro.

Em 2012, a lenda Abebe Bikila entrou no Hall da Fama do Atletismo, criado neste mesmo ano.

Foto: Getty Images


Referências
Wikipédia
A Crítica UOL
IAAF Hall of Fame

Eddy Merckx, o maior ciclista de todos os tempos



Eddy Merckx é considerado o maior ciclista de todos os tempos. O belga, nascido em 17 de junho de 1945, é o atleta que mais venceu no ciclismo, totalizando 525 vitórias, sendo 445 como profissional.

Merckx começou sua carreira em 1961. Em 1964 conquistou o título mundial amador e um ano depois tornou-se profissional.

Aos 20 anos foi campeão do Milão-San Remo, corrida que venceu em mais seis ocasiões. Em 1969 obteve sua primeira vitória na maior volta ciclística do mundo, o Tour de France. No total, ele venceu 5 Voltas da França (1969, 1970, 1971, 1972 e 1974), 5 Giros d'Itália (1968, 1970, 1972, 1973 e 1974) e 1 Vuelta a España (1973). Venceu 34 etapas na França, 25 na Itália e 6 na Espanha.

Eddy Merckx ganhou o apelido de "Canibal", pelo seu apetite de vitórias. Ele é o único ciclista a conquistar todos os prêmios (geral, montanhas, pontos nas camisas) em uma mesma edição de Tour de France (1969) e de Giro d'Itália (1968).

Além das vitórias nas competições já citadas, Merckx também conquistou 5 vezes Liège-Bastogne-Liège, 3 vezes o famoso Paris-Roubaix, 2 vezes o Tour des Flandres, 2 vezes o Giro di Lombardia e foi campeão do mundo em 1967, 1971 e 1974, campeão da Europa em Pista em 1970, 1974, 1975 e 1978 e do Grande Prêmio de Nações em 1973.

Provavelmente devido a algumas graves lesões, aposentou-se em 1978, pouco antes de completar 33 anos.


Fotos: www.corvos.nl


Referências
Cycling Hall of Fame
Wikipédia

domingo, 8 de julho de 2012

O maior de todos os tempos vence Wimbledon pela sétima vez e volta ao topo do ranking

Na terra da Rainha, observado de perto pelo Príncipe William, quem brilhou foi o Rei do Tênis, o maior de todos os tempos, o suíço Roger Federer, que volta a ser número um do mundo, faturando nada mais nada menos que o seu sétimo título do Torneio de Wimbledon.

O adversário de Federer na final foi o escocês Andy Murray, primeiro britânico a chegar em uma final de Wimbledon em 76 anos. De qualquer forma, este seria um título para ficar na história, tanto para o lado do suíço, quanto para o lado do escocês.

Murray venceu o primeiro set do jogo, por 6-4. Este foi também o primeiro set vencido pelo nº 4 do ranking em finais de Grand Slam.

No segundo set, Federer praticamente não ameaçou o saque de Murray, teve dificuldades para confirmar seu serviço, mas na hora certa, quando estava ganhando por 6-5, ele quebrou o saque do rival e fechou a parcial com estilo.

A chuva se aproximava e, no começo do terceiro set, quando o placar apontava 1 game a 1 e 40-0 para Federer, ela caiu de vez, interrompendo o jogo. A partida ficou parada durante quase 40 minutos, enquanto o teto da Quadra Central era fechado.

Federer voltou ligado para o jogo, confirmou o serviço e depois quebrou Murray, vencendo o set por 6-3.

Durante os sets o "Leão da Montanha", apelido dado pelo ex-tenista e comentarista Dácio Campos a Federer, foi melhorando cada vez mais. Murray, com seu estilo já manjado de fingir estar sentindo dores, não foi páreo para o suíço, mesmo com o apoio da torcida. Federer já havia quebrado o serviço de Murray, sacou para o título e não decepcionou, mas se emocionou ao conquistar a vitória e seu sétimo título na grama londrina de Wimbledon.

Federer venceu o jogo em 3h24min, conquistou seu 7º título de Wimbledon, seu 17º título de Grand Slams e de quebra recuperou a posição de número um do mundo, ultrapassando Rafael Nadal e Novak Djokovic. Agora o maior de todos está 75 pontos à frente do sérvio e o próximo torneio será os Jogos Olímpico de Londres, disputado nas mesmas quadras do Torneio de Wimbledon. Será que Federer consegue uma dobradinha na grama sagrada? É provável, é bem possível, porque o mito Roger Federer está de volta.


Foto: Reuters

domingo, 1 de julho de 2012

River Plate vence Defensor e é campeão da Libertadores Sub-20

Na noite deste domingo o River Plate da Argentina venceu o Defensor Sporting do Uruguai na final da Copa Libertadores Sub-20, disputada em Lima, no Peru e conquistou o título continental de clubes.

O jogo foi equilibrado, o Defensor jogou como jogou todas as partidas do torneio. O time uruguaio é muito bom, uma grata surpresa dessa Libertadores Sub-20. Trabalha bem as jogadas, mas não sabe concluí-las.

O time argentino, também muito bom, bateu o Corinthians na semifinal por 2 a 0. A partida contra o Defensor terminou 1 a 0 para o River Plate, gol aos 6 minutos do segundo tempo de Solari, em um belo chute, no qual o goleiro Rubén Silva ficou só olhando.

Os "Violetas", como é conhecido o time do Defensor, tiveram boas chances para marca, mas seu problema é que não traduz em gols a sua boa performance em campo. Foi sempre assim durante todo o torneio, exceto na última rodada da primeira fase, quando goleou o Alianza Lima por 5 a 1. Nas quartas de final e na semifinal, o Defensor venceu nos pênaltis o Universitário do Peru e o Unión Española do Chile, respectivamente.

Talvez faltasse um pouco de sorte para os uruguaios na hora da finalização. E o última lance da partida teria que terminar desse mesmo jeito: Foliados foi lançado, teve o domínio da bola na entrada da área, nas costas do zagueiro, e na saída do goleiro o atacante uruguaio chutou a bola para fora. Esse foi o último gol perdido pelo Defensor, aos 49 minutos do segundo tempo.

Na decisão do terceiro lugar, o Corinthians venceu o Unión Española por 2 a 1 e ficou com a terceira colocação.

Essa foi a segunda edição da Copa Libertadores Sub-20. A primeira, no ano passado, também disputada no Peru, foi vencida pelo Universitario de Lima, dono na casa.




Fotos: Miguel Cuellar

Espanha conquista mais um título de Eurocopa



No Estádio Olímpico de Kiev, a seleção espanhola goleou a Itália por 4 a 0 e se sagrou campeã da maior competição entre seleções europeias, somando agora três títulos.

A Eurocopa, disputada este ano na Ucrânia e também na Polônia, viu na grande final um jogo em que a Espanha abriu 2 a 0 e a Itália nunca conseguiu tentar uma reação. David Silva aos 14 e Jordi Alba aos 41 marcaram os dois primeiros gols da Fúria, que já impunham uma grande vantagem no placar, pelo jogo que havia em Kiev.

A Itália estava com poucas chances muito por causa da saída de Chiellini, contundido, ainda na primeira etapa. No segundo tempo, Thiago Motta entrou no lugar de Montolivo e logo saiu, também machucado. O técnico Cesare Prandelli não podia mais fazer substituição e a Itália jogou mais da metade do segundo tempo com 10 homens.

A Espanha aproveitou a imensa vantagem, com 2 a 0 no placar, um homem a mais e jogando melhor, para ampliar o marcador no final da partida. Fernando Torres aos 39 e Mata aos 43 decretaram a goleada e o terceiro título para os espanhóis na história da Euro. Também é a primeira vez que uma seleção consegue dois títulos seguidos.

Abaixo, todas as finais da Eurocopa:

1960 - Parc des Princes, Paris - França
União Soviética 2-1 Iugoslávia

1964 - Santiago Bernabéu, Madrid - Espanha
Espanha 2-1 União Soviética

1968 - Estádio Olímpico, Roma - Itália
Itália 1-1 Iugoslávia
Jogo desempate: Itália 2-0 Iugoslávia

1972 - Estádio Heysel, Bruxelas - Bélgica
Alemanha 3-0 União Soviética

1976 - Estádio Crvena Zvezda, Belgrado - Iugoslávia
Tchecoslováquia 2 (5) - 2 (3) Alemanha

1980 - Estádio Olímpico, Roma - Itália
Alemanha 2-1 Bélgica


1984 - Parc des Princes, Paris - França
França 2-0 Espanha


1988 - Estádio Olímpico, Munique - Alemanha
Holanda 2-0 União Soviética


1992 - Estádio Nya Ullevi, Gotemburgo - Suécia
Dinamarca 2-0 Alemanha


1996 - Estádio de Wembley, Londres - Inglaterra
Alemanha 2-1 República Tcheca


2000 - Estádio Feyenoord, Roterdã - Holanda
França 2-1 Itália


2004 - Estádio da Luz, Lisboa - Portugal
Grécia 1-0 Portugal


2008 - Estádio Ernst-Happel, Viena - Áustria (Euro sediada por Áustria/Suíça)
Espanha 1-0 Alemanha


2012 - Estádio Olímpico, Kiev - Ucrânia (Euro sediada por Ucrânia/Polônia)
Espanha 4-0 Itália

sexta-feira, 29 de junho de 2012

BOXE

O pugilismo, segundo registros históricos, tem entre 4 mil e 5 mil anos. Já era praticado na Grécia antiga, nos Jogos Pan-Helênicos (776 a.C.), que na época era conhecido como pugilato. Os lutadores não usavam luvas. Na Roma antiga, os lutadores usavam os cestus, protetores metálicos para as mãos, dotados de pregos, que podiam até mesmo matar os oponentes.

O boxe, ao longo de sua história, passou por momentos de alta e de baixa popularidade. No século XVIII, as lutas com punhos renascem na Inglaterra, mas não havia muitas regras, fazendo-as parecer muito mais com lutas do tipo vale-tudo. As primeiras regras foram introduzidas em 1867, pelo Marquês de Queensberry, ao patrocinar uma luta que incluía a contagem de dez segundos para nocautes, o tempo de três minutos para os assaltos, a proibição dos movimentos do estilo de luta livre e o uso de luvas almofadadas.

A primeira luta de boxe profissional, legalizada, aconteceu em 7 de fevereiro de 1882, nos Estados Unidos.

De lá para cá, entre a paixão de muitos e a repugnância de outros, o boxe amador foi incluído pela primeira vez nos Jogos Olímpicos da Era Moderna em 1904, em St. Louis, nos EUA, em razão de sua popularidade no país. Entretanto, a modalidade foi excluída oito anos depois, retornando apenas em 1920 e permanecendo no programa dos Jogos desde então.

No Brasil, o interesse pelo boxe começou em 1919, com Goes Neto, marinheiro carioca que havia feito várias viagens à Europa, onde aprendeu a boxear. Naquele ano, Goes Neto fez várias exibições no Rio de Janeiro. Na recente história do boxe brasileiro, há nomes respeitáveis que integram a história do boxe mundial, como Éder Jofre, Miguel de Oliveira e Servílio de Oliveira.

Fonte: Caderno do Aluno, 2ª Série do Ensino Médio, Vol. 2, Educação Física. Governo do Estado de São Paulo

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O nascimento da Celeste Olímpica

Publicado por Juan Carlos Vecino, em seu blog Futebol do Uruguai:


Em 1924 as Olimpíadas realizadas em Paris, recebeu pela primeira vez para a disputa do futebol uma equipe sul-americana, bicampeã do continente o Uruguai desembarcou em Paris para a disputa sem muito alarde haja vista que poucos conheciam o futebol praticado aqui na América do Sul.

Em 26 de maio os uruguaios entravam em campo para o primeiro jogo no estádio Colombes com um bom público presente com um estilo de jogo diferenciado das equipes europeias que predominavam o jogo de força física e bolas aéreas, o Uruguai primava pelo toque de bola rápido e dribles constantes em seus marcadores e assim os uruguaios ganharam da Iugoslávia por 7 a 0 com Cea e Petrone marcando dois gols cada e Vidal, Romano e Scarone completando o placar o que se viu no outro dia nos jornais era uma verdadeira avalanche de elogios ao futebol praticado no dia anterior por aqueles desconhecidos.

No dia 29 de maio um jogo mais duro contra os EUA e nova vitória uruguaia agora por 3 a 0 com Petrone marcando todos os tentos da partida.

No dia 1 de junho os franceses donos da casa teriam o privilégio de enfrentar os temidos sul-americanos com sua habilidade com a bola e não deu outra, novo show de bola e vitória por 5 a 1. Petrone duas vezes, Scarone duas e Romano anotaram o massacre. Nas semi-finais um jogo mais duro contra a Holanda e vitória por 2 a 1 com gols do Cea e do Scarone.

No dia 9 de junho foi a grande final olímpica e a Suíça era o adversário com toda torcida francesa a favor.

O Uruguai logo impôs seu ritmo de jogo ofensivo e de toque de bola que envolveu os suíços facilmente. Petrone abriu o marcador, Cea ampliou e Romano fechou o placar e o Uruguai conquistava pela primeira vez a medalha de ouro no futebol olímpico.

Mazzali ; Nasazzi (cap), Arispe - Andrade, Vidal, Ghierra, S.Urdinaran, Scarone, Petrone, Cea, Romano; foi a equipe da grande final, depois da conquista houve muita festa e donde a delegação uruguaia estava instalada a noite fora oferecido um jantar aos campeões olímpicos de futebol.

Considerado como um dos melhores jogadores da conquista José Leandro Andrade foi o grande destaque do jantar apesar de ser baixinho encantou a todos por ser também um excelente dançarino pois as donzelas fizeram filas para dançar um tango com ele, que era preto.



Fontes: Texto Galdino Silva, Revista Trivela e RSSSF Brasil


Obs: Título original no Blog Futebol do Uruguai: "Uruguai e sua primeira medalha de ouro no futebol dos Jogos Olímpicos: 1924 na França

terça-feira, 26 de junho de 2012

De seis conquistas na Libertadores, Boca tem quatro títulos decididos fora de casa, todos contra brasileiros

O Corinthians tem uma missão muito difícil pela frente: vencer o Boca Juniors para se tornar pela primeira vez campeão da Copa Libertadores da América. Difícil pela tradição do Boca na Libertadores, que em nove finais disputadas, conquistou seis títulos.

O Corinthians jogará primeiro na Bombonera, e depois no Pacaembu. Alguns dizem que é melhor jogar a primeira partida da final fora de casa, para decidir em seus domínios. Mas contra o Boca, isso não é vantagem nenhuma.

Das nove finais de Libertadores disputadas pelo Boca, o time argentino venceu seis. Desses seis títulos, quatro foram ganhos com o segundo jogo da final sendo disputado fora de casa (incluindo a final de 1977 contra o Cruzeiro, quando o primeiro jogo foi na Bombonera, o segundo no Mineirão e houve necessidade de jogo extra, no Estádio Centenário).

Sempre que o Boca decidiu uma final contra um time brasileiro no Brasil, sagrou-se campeão: 2000 contra o Palmeiras em São Paulo; 2003 contra o Santos também em São Paulo e em 2007 diante do Grêmio, em Porto Alegre.

Abaixo, todas as finais de Libertadores disputadas pelo Boca Juniors:

1963 - Boca vice-campeão
1º jogo - Maracanã: Santos 3-2 Boca Juniors
2º jogo - La Bombonera: Boca Juniors 1-2 Santos

1977 - Boca campeão
1º jogo - La Bombonera: Boca Juniors 1-0 Cruzeiro
2º jogo - Mineirão: Cruzeiro 1-0 Boca Juniors
3º jogo (desempate) - Estádio Centenário: Boca Juniors 0(5) - 0(4) Cruzeiro

1978 - Boca campeão
1º jogo - Estádio Pascual Guerrero: Deportivo Cali 0-0 Boca Juniors
2º jogo - La Bombonera: Boca Juniors 4-0 Deportivo Cali

1979 - Boca vice-campeão
1º jogo - Defensores Del Chaco: Olimpia 2-0 Boca Juniors
2º jogo - La Bombonera: Boca Juniors 0-0 Olimpia

2000 - Boca campeão
1º jogo - La Bombonera: Boca Juniors 2-2 Palmeiras
2º jogo - Morumbi: Palmeiras 0(2) - 0(4) Boca Juniors

2001 - Boca campeão
1º jogo - Estádio Azteca: Cruz Azul 0-1 Boca Juniors
2º jogo - La Bombonera: Boca Juniors 0(3) - 1(1) Cruz Azul

2003 - Boca campeão
1º jogo - La Bombonera: Boca Juniors 2-0 Santos
2º jogo - Morumbi: Santos 1-3 Boca Juniors

2004 - Boca vice-campeão
1º jogo - La Bombonera: Boca Juniors 0-0 Once Caldas
2º jogo - Estádio Palogrande: Once Caldas 1(2) - 1 (0) Boca Juniors

2007 - Boca campeão
1º jogo - La Bombonera: Boca Juniors 3-0 Grêmio
2º jogo - Estádio Olímpico: Grêmio 0-2 Boca Juniors

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Tchoukball

O tchoukball foi criado na década de 1960 por um médico suíço, nascido em Genebra, chamado Hermann Brandt.

Durante sua vida profissional, Brandt demonstrou especial interesse pela medicina esportiva. Constatou que os traumas de atletas com lesões, na maioria das vezes, resultavam de agressões, comuns nas modalidades esportivas coletivas de contato.

O tchoukball surgiu, então, como um esporte sem contato físico, tornando-se conhecido como "esporte da paz". Nenhum ato de perturbação ou obstrução é permitido no jogo, tanto no ataque como na defesa. A finalização no jogo de tchoukball é parecida com a do handebol. Seu alvo, objetivo na finalização é a quadra, e o jogo pode se praticado tanto por homens quanto por mulheres.

Em 1971, foi criada a Federação Internacional de Tchoukball, que coordena a promoção e difusão do esporte, em âmbito internacional. No Brasil, a divulgação do esporte ocorreu a partir de 1987 com a presença, em congressos e eventos, do então presidente da Federação Internacional de Educação Física. Sir John Andrews.

Em São Paulo, a difusão do esporte começou na década de 1990 com Océlio Antônio Ferreira, que, ao voltar da Europa, passou a divulgar a modalidade.

O tchoukball é um jogo que se assemelha a outros esportes, como o handebol e o voleibol, mas tem também muitos diferencias interessantes: as duas equipes podem circular pela quadra toda e atacar nos dois quadros de remissão; cada equipe tem no máximo três passes para arremessar no quadro de remissão; não pode haver contato físico; não é permitido interceptar ou roubar a bola do adversário.

Esse esporte é praticado com uma bola redonda, que tem uma bexiga de borracha e é coberta com couro. Cada equipe é composta por 12 jogadores (7 titulares e 5 reservas). O tempo de duração é composto por 3 períodos de 15 minutos (12 para feminino e juvenil). O tamanho da quadra é de 26-29m de comprimento por 15-17m de largura. Os quadros de remissão ficam dentro das áreas restritas e o tamanho do raio da área restrita é de 3m.


O tchoukball de areia


Essa versão do tchoukball foi criada no início da década de 1990, no Brasil, expandindo-se posteriormente pelo resto do mundo. O campo do tchoukball de areia tem de 11 a 13 metros de largura por 21 a 23 metros de comprimento. A partida é realizada com cinco jogadores em cada equipe, com dois reservas, e a recomendação é de três tempos de 12 minutos cada um para adultos. As regras são semelhantes às do tchoukball de quadra, determinadas pela Federação Internacional de Tchoukball.

Com informações de: Caderno do Aluno, 2ª Série do Ensino Médio, Vol. 2, Educação Física. Governo do Estado de São Paulo

MÍDIAS - A TRANSFORMAÇÃO DO ESPORTE EM ESPETÁCULO TELEVISIVO

Houve um tempo em que os atletas jogavam por amor à camisa, em que o fair play (jogo limpo) era valorizado e as pessoas iam aos estádios para comungar desse espírito esportivo e assistir a um bom jogo. Esses tempos ficaram para trás.

O esporte de hoje é parte integrante da milionário indústria de entretenimento, que tem ficado cada vez mais atenta à "vocação" do esporte em atrair espectadores. Assim, impulsionada pelo advento da televisão, transformou o esporte em "telespetáculo".

Observe as propagandas dos eventos esportivos: elas anunciam apenas equipamentos esportivos e estímulos à prática de exercícios físicos ou "usam" os valores associados ao esporte (energia, velocidade, superação etc.) para vender até cerveja? A mídia contribui na formação de "fanáticos" dispostos a consumir os produtos vinculados à imagem do seu time.

Que falação!


Será que aquilo que vemos e ouvimos nos jogos de futebol transmitidos pela TV fornece um amplo panorama sobre o que está acontecendo em tempo real, ou é um "recorte selecionado" de quem está transmitindo? Pense bem, as câmeras seguem a bola ou mostram os 22 jogadores ao mesmo tempo? Pois é, da mesma maneira que as imagens são selecionadas, também os comentários cumprem a função de transformar o futebol em espetáculo. Basta uma briga entre torcidas, um técnico que provoque o outro, uma celebridade na arquibancada e o episódio gera assunto durante uma semana até o próximo jogo, que, a essa altura, já se tornou secundário.

Abaixo, dois trechos de textos sobre a falação esportiva:

A falação esportiva


1. "[...] A falação esportiva (ECO, 1984) informa e atualiza: quem ganhou, quem foi contratado ou vendido (e por quanto), quem se contundiu, e até sobre aspectos da vida pessoal dos atletas. Conta a história das partidas, das lutas, das corridas, dos campeonatos; uma história que é sempre construída e reconstruída, pontuada pelos melhores momentos - os gols, as ultrapassagens, os acidentes etc. Cria expectativas: quem será convocado para a seleção brasileira? A falação faz previsões: qual será o placar, quem deverá vencer. Depois, explica e justifica: por que tal equipe ou atleta ganhou ou perdeu. A falação promete: emoções, vitórias, gols, medalhas. Cria polêmicas e constrói rivalidades: foi impedimento ou não? A falação critica: 'fala mal' dos árbitros, dos dirigentes, da violência. A falação elege ídolos: o 'gênio', o craque fora de série. Por fim, sempre que possível, a falação dramatiza [...]"

BETTI, Mauro. Esporte na mídia ou esporte da mídia? Motrivivência,
Florianópolis, n. 17, set. 2001. p. 108-109.

2. "A falação expõe discursos de duplo padrão moral. No jogo da seleção, o centroavante brasileiro fez um gol com auxílio do braço e o locutor agradeceu ao árbitro peruano: 'Muchas gracias, [nome do árbitro]! Gracias, hermano!'. O jogador declarou em entrevista ao telejornal do horário nobre: 'o artilheiro tem que fazer gol de qualquer jeito, não importa'. É a mesma falação que condena a violência, o doping, o suborno..."

BETTI, Mauro. A janela de vidro: esporte, televisão e educação física. Campinas: Papirus, 1998. p. 70.


Fonte: Caderno do Aluno, 2ª Série do Ensino Médio, Vol. 2, Educação Física. Governo do Estado de São Paulo

domingo, 24 de junho de 2012

Tênis - curiosidade

O jogo de tênis surgiu na França, no final do século XII e início do século XIII. No começo, não se utilizavam raquetes, mas, sim, as mãos nuas, ou com luvas de couro, jogando-se a bolinha contra uma parede. No século XIV, alguns jogadores passaram a empregar um utensílio de madeira similar a uma raquete, chamado battoir. O jogo deixou de ser praticado contra uma parede e passou para uma área dividida por uma corda.

As primeiras raquetes surgiram da adaptação de um cabo e de cordas trançadas ao battoir.


O jogo foi praticado em espaços abertos e também fechados. Era bastante apreciado na França, sendo a principal diversão de muitos reis.


Fonte: Caderno do Aluno, 2ª Série do Ensino Médio, Vol. 2, Educação Física. Governo do Estado de São Paulo

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Libertadores Sub-20: A noite de um dia difícil

Christian Rizzi/Gazeta do Povo

O Paraguai viveu nesta sexta-feira, 22 de junho de 2012, um momento muito difícil e indignante. O presidente Fernando Lugo, eleito pelo voto popular em 2008, sofreu Golpe de Estado, no qual o Congresso do país decidiu por tirá-lo do cargo. O povo se manifestou nas ruas e o cenário político e social virou um caos, já com repressão policial. O liberal Federico Franco ocupou o cargo nesta mesma tarde.

Com esse clima de tensão, caos, brigas, mentiras, deturpações e tudo que a política proporciona, à alguns quilômetros de Assunção, mais precisamente em Lima, capital do Peru, o Cerro Porteño entrou em campo para disputar sua última partida na fase de grupos da Copa Libertadores Sub-20.

Talvez os meninos guaranís não soubessem muito bem o que ocorrera em seu país. Ou estavam mais focados no jogo. Ou então estivessem preocupados. Mas o certo é que a equipe se superou em campo.

O rival desta noite era o todo-poderoso Boca Juniors, finalista da competição adulta da Libertadores. E os argentinos saíram na frente, com gol de Guerra aos 14 minutos do segundo tempo. Esse resultado praticamente eliminava os paraguaios, porque o América Mineiro jogaria por um empate contra o já eliminado Sporting Cristal.

Porém, o time do goleiro Carlos Gamarra, filho do grande zagueiro paraguaio de mesmo nome, conseguiu a virada no placar. Diego Godoy empatou aos 22, e dois minutos depois, Manuel Balbuena marcou um belo tento, o segundo do Ciclón.

Na parte final do jogo, o Boca ainda teve um jogador expulso. O Cerro conseguiu segurar a vitória, além de desperdiçar algumas chances de ampliar o marcador, e o jogo terminou 2 a 1 para os paraguaios.

Com o resultado, Cerro Porteño e América Mineiro estão classificados para as quartas de final da Libertadores Sub-20.

Quando voltarem para o hotel, com mais tranquilidade, os jogadores do Cerro poderão acompanhar com mais detalhes o caos que vive o país, incertos do rumo que tomará seu povo, com um Golpe de Estado sofrido. Mas a luta continua, também para os jogadores azulgranas, que buscam o primeiro título internacional para o Cerro Porteño, no ano em que o clube completa o seu centenário.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Antonio Carbajal, o goleiro de 5 Copas

Este dia 7 de junho é o 83º aniversário do mexicano Antonio Carbajal, o goleiro que mais Copas do Mundo disputou. São cinco Mundiais na bagagem. Uma lenda que ainda vive e que é muito respeitado em seu país.

Carbajal foi convocado pela primeira vez para servir a seleção mexicana nos Jogos Olímpicos de Londres-1948, com a equipe amadora.

Voltou da Olimpíada e foi promovido a titular de seu clube na época, o España, onde jogou até 1950, ano em que a instituição deixou de existir. Com a extinção do España, transferiu-se para o León, onde jogou até o final da carreira, totalizando 364 partidas.

Estreou em Copas do Mundo no Brasil, em 1950. O primeiro jogo da Copa foi justamente entre sua seleção, o México, e os anfitriões brasileiros, na inauguração oficial do Estádio do Maracanã, cuja construção ainda estava em andamento. Mesmo assim, mais de 80 mil pessoas compareceram para ver o Brasil golear o México por 4 a 0. Não foi a estreia dos sonhos, mas os próprios mexicanos diziam que estavam na Copa para participar da festa e aprender.

Na segunda partida, mais uma goleada: 4 a 1 diante da Iugoslávia. Carbajal fechou a participação mexicana na Copa de 1950 levando mais dois gols, contra a Suíça e o México perdeu por 2 a 1.

Nas eliminatórias para a Copa de 1954, o México sofreu apenas um gol em quatro jogos. O Mundial na Suíça foi o de maior média de gols na história, com 5,4 gols por jogo. O México tomou oito gols, mas Carbajal levou apenas três desses gols. Isso porque, na estreia do México, novamente contra o Brasil, quem sofreu os cinco gols foi o arqueiro reserva, Mota. Carbajal jogou apenas a segunda e última partida de sua seleção, na derrota de 3 a 2 para a França.

A estreia mexicana na Copa de 1958 foi novamente contra os anfitriões, os suecos. Uma derrota de 3 a 0, mas um fato curioso. Aos 13 minutos do 2º tempo, o sueco Hamrim entra na área e é calçado pelo zagueiro Romo. O árbitro marca pênalti. Liedholm cobra no canto direito e Carbajal fica parado. O árbitro manda voltar, alegando que ainda não havia autorizado o chute. Na nova cobrança, Liedholm cobra no canto esquerdo. Carbajal vai na bola, mas não a alcança.

No segundo jogo, veio o primeiro ponto do México em uma Copa do Mundo, no empate por 1 a 1 contra o País de Gales. O México levou o gol na primeira etapa e, no segundo tempo, Carbajal e o zagueiro Romo pararam o ataque galês. De quebra, aos 44 minutos Belmonte fez o gol mexicano.

No terceiro jogo, contra os húngaros já sem Puskas e Kocsis, o México tomou uma goleada de 4 a 0, mas a diferença não foi maior porque Carbajal fez boas defesas.

Em sua quarta Copa do Mundo, Carbajal deparou-se novamente com a seleção brasileira na estreia de sua equipe. Mas desta vez, ele falou: "Chega!". O México já havia perdido do Brasil em 1950 por 4 a 0 e em 1954 por 5 a 0 (nesta última, não era ele o goleiro, como já descrito acima). Era a hora de mostrar que não era bem assim. No primeiro tempo, o placar de 0 a 0 foi comemorado pelos mexicanos, graças à grande atuação de Carbajal. Mas, no segundo tempo, graças a duas jogadas de Pelé, o Brasil conseguiu a vitória por 2 a 0. Um bom avanço no futebol mexicano.

Um avanço que deu frutos. Na segunda partida, contra a boa seleção da Espanha, Carbajal evitou ao menos três gols e só foi vazado aos 44 do segundo tempo. 

Na terceira partida, o sonho mexicano se realizou: a primeira vitória em Copas do Mundo. Embora a Tchecoslováquia tivesse aberto o placar aos 20 segundos (o gol mais rápido da história das Copas até 2002), Carbajal ganhou talvez o seu melhor presente de aniversário em sua carreira. O goleiro completava 33 anos no dia em que o México bateu os tchecos de virada por 3 a 1, para a festa dos Tricolores.

Em sua última participação em Copas do Mundo, Carbajal ajudou a levar México a uma boa participação num grupo muito complicado, com Inglaterra, Uruguai e França. O goleiro de 36 anos não era mais o titular. Calderón jogou as duas primeiras partidas, empate em 1 a 1 com a França e derrota por 2 a 0 contra a Inglaterra.

Em sua despedida de Copas do Mundo, Carbajal teve a oportunidade de jogar contra o Uruguai, bicampeão e que, debaixo de suas traves, também tinha um grande goleiro. Mazurkiewicz fechou o gol uruguaio contra o ataque mexicano. Mas Carbajal também não tomou gol, sendo esta a primeira vez que a seleção mexicana terminou uma partida sem sofrer gols na história das Copas do Mundo, curiosamente na despedida de seu maior goleiro. Esta também foi a última partida oficial na carreira de Antonio Carbajal.

Carbajal não teve a oportunidade de disputar uma Copa do Mundo em casa. Quatro anos após sua aposentadoria, na Copa do Mundo seguinte à última Copa de Carbajal, o México sediou o evento e passou pela primeira vez da fase de grupos, chegando até as quartas de final.

Antonio Carbajal foi reconhecido pela IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) como o melhor goleiro da CONCACAF no século XX. Na final da Copa das Confederações de 1999, foi reconhecido pela FIFA e pela Federação Mexicana entre os 100 jogadores históricos do mundo do futebol.

REFERÊNCIAS
fifa.com
Ribas, Lycio Vellozo. O mundo das Copas. Lua de papel, 2010.
Dossiê Placar História das Copas - 1930 a 2006: 1930-1934-1938-1950 - Uruguai, Itália, França e Brasil / Abril Coleções - São Paulo: Abril, 2010.
Dossiê Placar História das Copas - 1930 a 2006: 1954 - Suíça / Abril Coleções - São Paulo: Abril, 2010.
Dossiê Placar História das Copas - 1930 a 2006: 1958 - Suécia / Abril Coleções - São Paulo: Abril, 2010.
Dossiê Placar História das Copas - 1930 a 2006: 1962 - Chile / Abril Coleções - São Paulo: Abril, 2010.
Dossiê Placar História das Copas - 1930 a 2006: 1966 - Inglaterra / Abril Coleções - São Paulo: Abril, 2010.

foto: TOPFUTEBOL

domingo, 13 de maio de 2012

Federer vence Berdych e conquista o Masters 1000 de Madrid



Roger Federer venceu neste domingo o Masters 1000 de Madrid, ao derrotar na final o tcheco Tomas Berdych, cabeça de chave número 6.

A vitória veio em três sets muito difíceis para o suíço, que perdeu o primeiro e conseguiu uma virada com muito suor (se é que Federer sua), com parciais de 3-6, 7-5 e 7-5, em 2h37min de partida.

Com esse título, Federer ultrapassa o espanhol Rafael Nadal e volta a assumir a posição de número 2 do mundo.

Abaixo, todos os campeões do Masters 1000 de Madrid:

2002 - Andre Agassi (EUA)
2003 - Juan Carlos Ferrero (ESP)
2004 - Marat Safin (RUS)
2005 - Rafael Nadal (ESP)
2006 - Roger Federer (SUI)
2007 - David Nalbandian (ARG)
2008 - Andy Murray (ESC)
2009 - Roger Federer (SUI)
2010 - Rafael Nadal (ESP)
2011 - Novak Djokovic (SER)
2012 - Roger Federer (SUI)

Foto: Mike Hewitt / Getty Images


REFERÊNCIAS
ATP World Tour

Isso é futebol, meus amigos!

Este domingo começou como um sonho para a parte azul de Manchester. O City finalmente sagraria-se campeão inglês, após 44 anos. Todos estavam certos da atuação do time, o jogo seria contra o Queens Park Rangers, brigando contra o rebaixamento.

No Estádio Cidade de Manchester (chamo os estádios pelo nome original, não pelo nome empregado pelo patrocinador) lotado para ver a festa do título, as mais de 47 mil pessoas que lá estavam nem imaginavam como a história da conquista seria escrita.

O Manchester City dependia apenas de si, enquanto o United, que jogava ao mesmo tempo em Sunderland, teria que vencer e torcer para seu rival não ganhar.

Como toda final, o jogo tenso não permitia a abertura do placar. Mas o City, muito mais time que o Queens Park Rangers, conseguiu fazer o primeiro gol, com o argentino Zabaleta. À essa altura, o Manchester United já havia aberto o placar.

A casa dos Citizens começou a cair quando levou o gol de empate no início da segunda etapa, tento marcado pelo velho Cissé (aquele dos estilosos cortes de cabelo), e desabou no gol de Mackie.

O maior vexame da história do Campeonato Inglês. Um time que consegue se igualar ao rival na primeira colocação, vence este mesmo rival e chega nas últimas rodadas dependendo apenas de si para ser campeão, joga em seu estádio para levantar a taça e perde de virada para um dos últimos colocados.

Não, a torcida não estava acreditando. O time milionário, que fez contratações caríssimas, tendo alguns dos melhores jogadores do mundo, via seu objetivo ir por água abaixo.

O QPR, com um jogador a menos praticamente todo o segundo tempo, resistiu, resistiu e resistiu. Com o resultado, estava se livrando do rebaixamento.

A esperança do City era pelo menos empatar o jogo e torcer para o Sunderland fazer um gol.

Se esgotaram os 90 minutos. O sonho virava um pesadelo. No City haviam entrado os atacante Dzeko e Balotelli. O QPR não queria mais nada com o jogo à essa altura.

Era o Manchester City inteiro no ataque, mandando a bola para a área. Conseguiram um escanteio. Dzeko subiu mais alto que todos os dez guerreiros de Londres e cabeceou, dando um pingo de esperança aos sofridos torcedores azuis, que já não contavam mais com o Sunderland, derrotado pelos Diabos Vermelhos, que comemoravam apreensivos.

Quanta emoção!

Não tanto quanto a que os milhares de torcedores do City tiveram quando, aos 49 minutos, Kun Agüero, que não havia feito grande coisa durante o cotejo, recebeu de Balotelli caído dentro da área, driblou o marcador e chutou no meio do gol, explodindo o Estádio Cidade de Manchester.

Nem quando o Manchester United conquistou o título da Champions League em 1999, virando nos acréscimos contra o Bayern de Munique, a reviravolta foi tão inacreditável.

Foi escrita neste dia 13 de maio de 2012 uma das maiores histórias do futebol em todos os tempos. Não poderia ser mais emocionante este título inglês, o terceiro do Manchester City.

Histórias como esta apenas o futebol pode nos proporcionar.

sábado, 12 de maio de 2012

Borussia Dortmund conquista a Copa da Alemanha pela terceira vez em sua história

O Borussia Dortmund venceu neste sábado a Copa da Alemanha, ao golear o Bayern de Munique na grande final pelo placar de 5 a 2, no Estádio Olímpico de Berlim. Esse foi o terceiro título do Borussia na história da competição e pela primeira vez o clube conquista a dobradinha Copa-Campeonato.

Borussia Dortmund 5-2 Bayern de Munique

Data: 12 de maio de 2012
Local: Estádio Olímpico, Berlim
Público: 75.708
Árbitro: Peter Gagelmann
Gols: 3' Kagawa (BD), 25' Robben (BM), 41' Hummels (BD), 45'+1 Lewandowski (BD), 58' Lewandowski (BD), 76' Ribéry (BM), 81' Lewandowski (BD)

Borussia Dortmund: Weidenfeller (34' Langerak), Hummels, Piszczek, Subotic, Schmelzer, Kehl, Blaszczykowski (84' Perisic), Grozkreutz, Gundogan, Kagawa (81' Bender). Técnico: Jurgen Klopp

Bayern de Munique: Neuer, Lahm, Boateng, Badstuber, Robben, Schweinsteiger, Ribéry, Luiz Gustavo (46' Müller), Kroos, Alaba (69' Contento), Gómez. Técnico: Jupp Heynckes.

Vamos relembrar os outros dois títulos do Borussia na Copa da Alemanha, o primeiro na temporada 1964/65 e o segundo na temporada 1988/89.

Copa da Alemanha, temporada 1964/65

Borussia Dortmund 2-0 Alemannia Aachen

Data: 22 de maio de 1965
Local: Niedersashsenstadion, Hannover
Público: 55.000
Árbitro: Rudibert Jakobi
Gols: 10' Alfred Schmidt (BD), 18' Lothar Emmerich (BD)

Borussia Dortmund: Hans Tilkowski, Gerhard Cyliax, Theo Redder, Dieter Kurrat, Wolfgang Paul, Hermann Straschitz, Reinhold Wosab, Alfred Schmidt, Friedhelm Konietzka, Wilhelm Sturm, Lothar Emmerich. Técnico: Hermann Eppenhoff

Alemannia Aachen: Gerhard Prokop, Werner Nievelstein, Herbert Krisp, Christian Breuer, Josef Thelen, Erwin Hermandung, Alfred Glenski, Willi Krieger, Josef Martinelli, Franz-Josef Nacken, Herbert Gronen. Técnico: Oswald Pfau

Copa da Alemanha, temporada 1988/89

Borussia Dortmund 4-1 Werder Bremen

Data: 24 de junho de 1989
Local: Estádio Olímpico, Berlim
Público: 76.000
Árbitro: Karl-Heinz Tritschler
Gols: 15' Karl-Heinz Riedle (WB), 21' Norbert Dickel (BD), 58' Frank Mill (BD), 73' Norbert Dickel (BD), 74' Michael Lusch (BD)

Borussia Dortmund: Wolfgang de Beer, Günter Kutowski, Thomas Kroth, Thomas Helmer, Günther Breitze (73' Michael Lusch), Michael Zorc, Andreas Möller, Michael Rummenigge, Murdo MacLeod, Norbert Dickel (77' Bernd Storck), Frank Mill. Técnico: Horst Köppel

Werder Bremen: Oliver Reck, Thomas Schaaf, Rune Bratseth, Gunnar Seuer (77' Manfred Burgsmüller), Jonny Otten (55' Frank Ordenewitz), Thomas Wolter, Mirko Votava, Dieter Eilts, Günter Hermann, Karl-Heinz Riedle, Frank Neubarth. Técnico: Otto Rehhagel

REFERÊNCIAS
Wikipedia in deutsch
Soccerway

domingo, 6 de maio de 2012

Juventus conquista seu 28º Scudetto



A Juventus venceu pela 28ª vez o Campeonato Italiano, a Serie A do Calcio, ao derrotar neste domingo o Cagliari fora de casa por 2 a 0 e ajudada pela derrota do Milan para a rival Inter de Milão.

Com um gol do montenegrino Vucinic aos 6 minutos e outro de Canini, contra, aos 29 do segundo tempo, em cruzamento do uruguaio Cáceres, a Vecchia Signora derrotou o Cagliari em Trieste por 2 a 0. O jogo não foi em Cagliari porque o estádio Sant'Elia está interditado.

O Milan precisava vencer o Derby della Madonnina contra a Internazionale. Mas saiu perdendo logo aos 14 minutos da primeira etapa, quando Diego Milito abriu o placar para o time nerazzurri. O Milan conseguiu a virada com dois gols de Ibrahimovic, mas Milito de novo, com dois gols de pênalti, fez 3 a 2. O golpe de misericórdia veio aos 42 minutos do segundo tempo, quando Maicon soltou um foguete cruzado no ângulo do goleiro Amelia, fechando a vitória da Inter por 4 a 2 e garantindo o título da Juventus.

A última vez que a equipe de Turim havia levantado o troféu de campeão italiano havia sido na temporada 2002/03. Na temporada 2004/05 a Juve conquistou o título, mas por escândalos com arbitragem o título foi retirado e não houve campeão. Em 2005/06, o título foi retirado novamente da Juventus e entregue à Inter, vice-campeã. A Juve foi rebaixada mas voltou para a Serie A na temporada seguinte.

Foto: Valerio Pennicino/Getty Images