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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Tchoukball

O tchoukball foi criado na década de 1960 por um médico suíço, nascido em Genebra, chamado Hermann Brandt.

Durante sua vida profissional, Brandt demonstrou especial interesse pela medicina esportiva. Constatou que os traumas de atletas com lesões, na maioria das vezes, resultavam de agressões, comuns nas modalidades esportivas coletivas de contato.

O tchoukball surgiu, então, como um esporte sem contato físico, tornando-se conhecido como "esporte da paz". Nenhum ato de perturbação ou obstrução é permitido no jogo, tanto no ataque como na defesa. A finalização no jogo de tchoukball é parecida com a do handebol. Seu alvo, objetivo na finalização é a quadra, e o jogo pode se praticado tanto por homens quanto por mulheres.

Em 1971, foi criada a Federação Internacional de Tchoukball, que coordena a promoção e difusão do esporte, em âmbito internacional. No Brasil, a divulgação do esporte ocorreu a partir de 1987 com a presença, em congressos e eventos, do então presidente da Federação Internacional de Educação Física. Sir John Andrews.

Em São Paulo, a difusão do esporte começou na década de 1990 com Océlio Antônio Ferreira, que, ao voltar da Europa, passou a divulgar a modalidade.

O tchoukball é um jogo que se assemelha a outros esportes, como o handebol e o voleibol, mas tem também muitos diferencias interessantes: as duas equipes podem circular pela quadra toda e atacar nos dois quadros de remissão; cada equipe tem no máximo três passes para arremessar no quadro de remissão; não pode haver contato físico; não é permitido interceptar ou roubar a bola do adversário.

Esse esporte é praticado com uma bola redonda, que tem uma bexiga de borracha e é coberta com couro. Cada equipe é composta por 12 jogadores (7 titulares e 5 reservas). O tempo de duração é composto por 3 períodos de 15 minutos (12 para feminino e juvenil). O tamanho da quadra é de 26-29m de comprimento por 15-17m de largura. Os quadros de remissão ficam dentro das áreas restritas e o tamanho do raio da área restrita é de 3m.


O tchoukball de areia


Essa versão do tchoukball foi criada no início da década de 1990, no Brasil, expandindo-se posteriormente pelo resto do mundo. O campo do tchoukball de areia tem de 11 a 13 metros de largura por 21 a 23 metros de comprimento. A partida é realizada com cinco jogadores em cada equipe, com dois reservas, e a recomendação é de três tempos de 12 minutos cada um para adultos. As regras são semelhantes às do tchoukball de quadra, determinadas pela Federação Internacional de Tchoukball.

Com informações de: Caderno do Aluno, 2ª Série do Ensino Médio, Vol. 2, Educação Física. Governo do Estado de São Paulo

MÍDIAS - A TRANSFORMAÇÃO DO ESPORTE EM ESPETÁCULO TELEVISIVO

Houve um tempo em que os atletas jogavam por amor à camisa, em que o fair play (jogo limpo) era valorizado e as pessoas iam aos estádios para comungar desse espírito esportivo e assistir a um bom jogo. Esses tempos ficaram para trás.

O esporte de hoje é parte integrante da milionário indústria de entretenimento, que tem ficado cada vez mais atenta à "vocação" do esporte em atrair espectadores. Assim, impulsionada pelo advento da televisão, transformou o esporte em "telespetáculo".

Observe as propagandas dos eventos esportivos: elas anunciam apenas equipamentos esportivos e estímulos à prática de exercícios físicos ou "usam" os valores associados ao esporte (energia, velocidade, superação etc.) para vender até cerveja? A mídia contribui na formação de "fanáticos" dispostos a consumir os produtos vinculados à imagem do seu time.

Que falação!


Será que aquilo que vemos e ouvimos nos jogos de futebol transmitidos pela TV fornece um amplo panorama sobre o que está acontecendo em tempo real, ou é um "recorte selecionado" de quem está transmitindo? Pense bem, as câmeras seguem a bola ou mostram os 22 jogadores ao mesmo tempo? Pois é, da mesma maneira que as imagens são selecionadas, também os comentários cumprem a função de transformar o futebol em espetáculo. Basta uma briga entre torcidas, um técnico que provoque o outro, uma celebridade na arquibancada e o episódio gera assunto durante uma semana até o próximo jogo, que, a essa altura, já se tornou secundário.

Abaixo, dois trechos de textos sobre a falação esportiva:

A falação esportiva


1. "[...] A falação esportiva (ECO, 1984) informa e atualiza: quem ganhou, quem foi contratado ou vendido (e por quanto), quem se contundiu, e até sobre aspectos da vida pessoal dos atletas. Conta a história das partidas, das lutas, das corridas, dos campeonatos; uma história que é sempre construída e reconstruída, pontuada pelos melhores momentos - os gols, as ultrapassagens, os acidentes etc. Cria expectativas: quem será convocado para a seleção brasileira? A falação faz previsões: qual será o placar, quem deverá vencer. Depois, explica e justifica: por que tal equipe ou atleta ganhou ou perdeu. A falação promete: emoções, vitórias, gols, medalhas. Cria polêmicas e constrói rivalidades: foi impedimento ou não? A falação critica: 'fala mal' dos árbitros, dos dirigentes, da violência. A falação elege ídolos: o 'gênio', o craque fora de série. Por fim, sempre que possível, a falação dramatiza [...]"

BETTI, Mauro. Esporte na mídia ou esporte da mídia? Motrivivência,
Florianópolis, n. 17, set. 2001. p. 108-109.

2. "A falação expõe discursos de duplo padrão moral. No jogo da seleção, o centroavante brasileiro fez um gol com auxílio do braço e o locutor agradeceu ao árbitro peruano: 'Muchas gracias, [nome do árbitro]! Gracias, hermano!'. O jogador declarou em entrevista ao telejornal do horário nobre: 'o artilheiro tem que fazer gol de qualquer jeito, não importa'. É a mesma falação que condena a violência, o doping, o suborno..."

BETTI, Mauro. A janela de vidro: esporte, televisão e educação física. Campinas: Papirus, 1998. p. 70.


Fonte: Caderno do Aluno, 2ª Série do Ensino Médio, Vol. 2, Educação Física. Governo do Estado de São Paulo