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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Peñarol volta às semifinais da Copa Libertadores

Havia sete anos o Peñarol não disputava a fase de grupos da Copa Libertadores. Mais tempo levou ainda, para voltar às semifinais do torneio mais importante da América. A última vez que o Peñarol conseguira tal feito, em 1987, o time uruguaio sagrou-se pentacampeão continental. Naquela final, contra o América de Cali, o Peñarol venceu por 1 a 0, graças ao gol do atacante Diego Aguirre.

Diego Aguirre já não é mais jogador, agora é o treinador do Aurinegro. Mas, assim como em 1987 deu o título ao Peñarol, na noite desta quinta-feira, ele comandou a equipe do banco, na partida contra a Universidad Católica. No primeiro jogo, o Peñarol não jogou bem, mas graças a duas falhas do goleiro Garcés, saiu com a vitória por 2 a 0. Boa vantagem para o Peñarol, que podia perder até por um gol de diferença que estaria classificado para a semifinal.

Dito e feito. O time começou bem, não esperando a equipe chilena no campo de defesa. Mas quem abriu o placar foi o time da casa, aos 17 minutos. Numa boa jogada do perigoso atacante argentino Lucas Pratto, que protegeu a bola na entrada da área, e tocou na infiltração de Meneses pela direita que chutou no canto direito de Sosa.

Fazendo o gol cedo, a torcida dos "Cruzados" começou a apoiar mais ainda eu time. O Peñarol não foi para a retranca, mas também não avançou tanto, assim como a Católica. O jogo estava bom, mas não teve mais tantas emoções no primeiro tempo.

O segundo tempo também foi muito bom. Os uruguaios começaram bem, mas, aos 23 minutos, a Universidad Católica fez o segundo. Na entrada da grande área, Roberto Gutiérrez se livrou de Guillermo Rodríguez e bateu forte, novamente no canto direito de Sosa, sem chances de defender o arremate.

Com esse resultado, a partida iria para as penalidades. Quando o jogo estava ganhando dramaticidade, com a Católica querendo o terceiro gol, o Peñarol achou uma luz o fim do túnel. Diego Aguirre, pouco antes de ter levado o segundo gol, havia tirado Mier - que havia feito uma boa partida, finalmente - e colocado Fabián Estoyanoff. E foi ele mesmo, que, após calma para parar a jogada, Martinuccio tocou para Luis Aguiar, que cruzou, a bola passou pelo goleiro chileno, que saiu catando borboletas, Estoyanoff completou para o gol, aos 40 minutos.

Aí, o Carbonero havia matado o confronto, pois os chilenos precisavam marcar mais dois gols, em cinco minutos. Ainda deu tempo de Alonso - que havia acabado de entrar - perder uma ótima chance na cara do goleiro, e de Sosa efetuar uma boa defesa.

Quando o árbitro brasileiro, Heber Roberto Lopes apitou o final de jogo, mais da metade do Uruguai pulou de alegria. Seu time, um dos mais tradicionais do mundo, estava novamente em uma semifinal de Libertadores. Da última vez que chegou lá, foi campeão. Agora o Peñarol pega o Vélez Sarsfield, um dos melhores times deste mata-mata, ao lado do Santos. O primeiro jogo será no Estádio Centenário, que com certeza estará lotado. O segundo, em Buenos Aires. E lembrando que, nesse mata-mata, o Vélez jogou sempre sua última partida fora de casa, assim como o Peñarol, provando que fazer o último jogo em casa, não tem nenhuma vantagem.

O Vélez eliminou o bom time do Libertad, com duas vitórias incontestáveis. Mas o Peñarol, na base da raça, da vontade, do coração, deixou o Internacional, favorito, para trás, vencendo, inclusive, no Beira-Rio. Então é bom tomar cuidado, pois, com um gigante não se brinca.