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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Por que o tênis é considerado um esporte de elite?

O tênis é considerado um esporte de elite, que só é praticado, em sua maioria, pela garotada em clubes particulares. O grande erro do tênis no Brasil é ele não ser democratizado. Precisamos tirar este estigma de elite para o tênis encontrar seu caminho novamente.

A falta de espaços que não sejam particulares para a prática do tênis é um empecilho para o desenvolvimento ainda maior do esporte no País. Temos poucas quadras públicas. Só em Buenos Aires, por exemplo, existem mais quadras públicas que no Brasil inteiro.

O tênis necessita de um investimento médio em torno de 500 reais (entre aulas e materiais), e era ainda mais elitizado na década de 1980. Uma grande barreira para a popularização do esporte é que ele não faz parte da grade curricular de Educação Física nas escolas e na faculdade.

E também há pouco incentivo por parte do governo e da mídia para a prática do esporte...

domingo, 26 de agosto de 2012

História do tênis no Brasil

O tênis chegou ao Brasil pelas mãos dos engenheiros ingleses que vinham trabalhar no País no final do século XIX. Os berços do tênis no Brasil são o Rio Cricket, no Rio de Janeiro, mais precisamente em Niterói, e o Wahallah, em Porto Alegre.

Com a fundação do Fluminense Futebol Clube, no Rio de Janeiro, e do Clube Atlético Paulistano, em São Paulo, o esporte se difundiu, embora até a Primeira Guerra Mundial houvesse pouquíssimos torneios.

Nélson Cruz e Ricardo Pernambuco foram os primeiros brasileiros a participar da Copa Davis, em 1932. Alcides Procópio se tornou o primeiro brasileiro a disputar o torneio de Wimbledon, em 1938. Ele também ganhou o primeiro título oficial de campeão brasileiro de simples, em 1943.

Somente após a criação das federações regionais, que controlavam o esporte em âmbito estadual, o tênis ganhou mais divulgação. Em nível nacional, coube a Confederação Brasileira de Desportos dirigir o esporte até 1956, quando foi fundada a Confederação Brasileira de Tênis.

Falando sobre os principais tenistas brasileiros de todos os tempos, não podemos deixar de citar uma das mais vencedoras tenistas da história: Maria Esther Bueno, a maior atleta do tênis brasileiro. Maria Esther venceu, em simples, três vezes o Torneio de Wimbledon (1959, 1960 e 1964), quatro vezes o US Open (1959, 1963, 1964 e 1966), foi vice-campeã de Roland Garros em 1964 e do Aberto da Austrália em 1965. Nas duplas, Maria foi campeã dos quatro Slams: Aberto da Austrália (1960), Roland Garros (1960), Wimbledon (1958, 1960, 1963, 1965 e 1966) e US Open (1960, 1962, 1966 e 1968). Foi número 1 do mundo de 1959 a 1966.

Thomaz Koch foi considerado, em 1963, o melhor tenista de 18 anos do mundo, quando alcançou a semifinal do US Open. Venceu os ATP's de Barcelona e Washington. Fez dupla com Edson Mandarino, formando a terceira dupla mais vencedora de todos os tempos, com 23 vitórias e apenas 9 derrotas em dez anos de Copa Davis. Koch chegou a ser o 24º melhor tenista do ranking mundial.

Nos anos 1970 surgia Carlos Alberto Kirmayr, que chegou ao posto de 31 do ranking mundial da ATP no começo dos anos 1980. E no final dos anos 1980, mais precisamente em 1989, Luiz Mattar foi o 29º do mundo.

Em 1992, o Brasil conquistou seu maior desempenho em Copa Davis: com Luiz Mattar, Cássio Motta, Fernando Roese e Jaime Oncins, chegamos às semifinais do Grupo Mundial, batendo Alemanha e Itália.

Jaime Oncins foi campeão do Torneio de Bolonha em 1992, em simples, além de semifinalista de Roland Garros em 2000, nas duplas. Chegou a ser número 34 do mundo no ranking de simples.

Fernando Meligeni, o Fininho, que nasceu na Argentina, chegou a ser o 25º do ranking, em 1999. Foi semifinalista dos Jogos Olímpicos de Atlanta-96 e em Roland Garros, 1999. Ganhou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003. Entre os seus melhores resultados estão a vitória contra Pete Sampras, no Masters 1000 de Roma em 1999, Yevgeny Kafelnikov em 1998 e 1999, Carlos Moya em 1999, Magnus Norman em 1995, Mats Wilander em 1996 e Alex Corretja em Roland Garros 1999.

E o maior tenista da história do Brasil: Gustavo Kuerten. Guga foi nº 1 do mundo em 2000 e entre os vários torneios que conquistou, estão o Masters 1000 de Monte Carlo (2 vezes), Roma, Hamburgo e Cincinnati, o Masters Cup de Lisboa (2000) e os três títulos de Roland Garros, em 1997, 2000 e 2001.

Atualmente temos Thomaz Bellucci como a maior esperança de conquistas do tênis brasileiro. Apesar dos altos e baixos, já conseguiu algumas conquistas com certo peso, como os títulos do ATP 250 de Gstaad (em 2009 e 2012) e do ATP 250 de Santiago do Chile.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Londres 2012: A Olimpíada do boxe brasileiro

Essa foi a melhor participação do boxe brasileiro na história dos Jogos Olímpicos. Duas medalhas no pugilismo masculino e uma inédita no feminino.

Adriana Araújo, baiana, 30 anos. Na categoria peso leve para até 60 kg, Adriana chegou às semifinais, garantindo a medalha de bronze. Ela perdeu na semifinal para a russa Sofya Ochigava, mas como no boxe não existe decisão de medalha de bronze e as duas perdedoras das semifinais conquistam automaticamente a medalha, Adriana fez história, quando pela primeira vez uma mulher brasileira ganhava uma medalha no boxe olímpico.

Yamaguchi Falcão Florentino, filho de seu Touro Moreno, também pugilista, conquistou a medalha de bronze na categoria meio pesado (até 81 kg), após bater nas quartas de final o cubano campeão mundial em 2011 e número 1 do mundo, Julio La Cruz Peraza.

Irmão de Yamaguchi, Esquiva Falcão foi ainda melhor: deu ao Brasil sua melhor colocação no boxe olímpico, ao alcançar a medalha de prata na categoria até 75 kg. Na final ele perdeu por um ponto de diferença para o japonês Ryota Murata, devido a penalização sofrida pelo brasileiro por agarrar demais o adversário.

Até os Jogos de Londres 2012, a única medalha conquistada pelo boxe brasileiro em Olimpíadas havia sido do grande Servílio de Oliveira, em 1968, na Cidade do México.

Esperamos que daqui a quatro anos novos talentos surjam no boxe brasileiro, para fazer uma boa campanha nos Jogos do Rio de Janeiro. Esperamos também que haja mais incentivo à modalidade e que o dinheiro investido no esporte vá realmente para o esporte, e não para o bolso dos dirigentes.