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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Saga carbonera começa com uma vitória no Chile


Comparando-se com o Nacional, que sofreu para empatar com o Barcelona de Guayaquil, o Peñarol foi muito bem contra o Iquique, no Chile. Tanto que, logo aos 5 minutos, o veterano Estoyanoff fez boa jogada pela direita e abrir o placar.

O meia-atacante uruguaio foi bem ativo pela direita na primeira etapa. Fez mais duas jogadas pelo mesmo caminho, mas desperdiçou as chances de ouro. Os outros atacantes, os não menos experientes Juan Manuel Olivera e Marcelo Zalayeta, também participaram bem do ataque carbonero, apesar da lentidão do segundo.

O técnico Jorge da Silva mostrou ser melhor que Gustavo Díaz, treinador do Nacional, em um quesito essencial: a marcação. O Peñarol não deixava espaço para o time chileno jogar. A defesa marcava bem, apoiada pelos volantes Novick e Cristóforo e também pelo ataque, que voltava para ajudar.

Rodrigo Díaz, Puch e Monje pouco fizeram pelo Iquique na etapa inicial.

O primeiro tempo terminou com o Peñarol à frente do marcador e jogando melhor, embora pudesse estar vencendo por um placar mais elástico.

O Iquique começou melhor após a volta para a segunda etapa. Não tardou para o time chileno empatar o jogo. Aos 14 minutos, Puch fez ótima jogada pela esquerda, havia meia dúzia de jogadores carboneros dentro da área, mas nenhum evitou o gol de Villalobos.

Logo depois, Grossmüller (que pouco fez no meio-campo aurinegro) deu lugar a Aguirregaray, o que melhorou muito o Peñarol do meio-campo pra frente. Assim como também saiu Zalayeta (sumido no segundo tempo) e entrou Mauro Fernández.

O segundo gol carbonero saiu aos 26 minutos. González recupera a bola pela direita, Aguirregaray encontra Estoyanoff, que bate para o meio da área, na saída do goleiro, para Olivera empurrar livre para o fundo do gol.

Pouco antes do gol, o Peñarol já havia equilibrado o jogo, e permaneceu assim até o final.

Rodrigo Díaz, o argentino bom de bola do Iquique, sumiu na segunda etapa, e o time do Iquique não soube lidar com isso, não soube pressionar o Peñarol.

Talvez o melhor do jogo, Estoyanoff saiu dez minutos depois, para dar lugar a Walter López.

Nos últimos minutos, os uruguaios souberam prender a bola no campo de ataque até que o juiz apitasse o final do cotejo.

Agora, na próxima rodada, os aurinegros encaram no Estádio Centenário o time do Emelec, que venceu o Vélez Sarsfield em sua estreia. Não será nada fácil, mas o Peñarol mostrou um bom futebol e pode brigar pela classificação.

Foto: Ovación

A camisa deu a vitória ao time dos jogadores-fantasmas

O Nacional, tricampeão sul-americano e mundial, estreou nesta terça-feira contra o Barcelona de Guayaquil, no Gran Parque Central.

Mas de multicampeão o time não tinha nada. O quadro uruguaio jogava muito mal. A defesa deixava muito espaço para o ataque equatoriano. Desorganizada, só recuperava a bola nos erros do adversário. Os defensores do Nacional pareciam fantasmas.

No Barcelona jogavam cinco argentinos - claro, nenhum comparável a Lionel Messi, astro maior do Barcelona mais famoso. Damonte e Albín eram os hermanos do Nacional. Mas havia uma diferença abissal entre os argentinos equatorianos e os argentinos uruguaios. Enquanto Damián Díaz driblava, corria e marcava o primeiro gol, Damonte não pegava na bola (e a bola deve ter agradecido por não ter sido mal-tratada pelo volante).

O único jogador bolsilludo que se salvou foi Gonzalo Bueno. Albín, Vicente Sánchez e Alonso: desastrosos. Paredes jogava como queria pela direita do ataque equatoriano, e pela esquerda os uruguaios trombavam-se enquanto Nazareno deixava o atacante Ariel na cara do gol, para marcar o segundo tento.

O goleiro Bava não fez nenhuma defesa no primeiro tempo, embora tivesse tomado dois gols.

Damián Díaz não dominou a defesa do Nacional apenas pelo beijo que lhe foi dado por uma torcedora, mas porque os uruguaios não sabem lidar com jogadores talentosos.

A torcida não deixou de empurrar, mesmo com o 2 a 0 contra e sem sinais de reação no primeiro tempo.

Na volta da segunda etapa, Vicente Sánchez saiu para dar lugar a Luna. Pouco depois, o técnico Gustavo Díaz deu um pingo de esperança à hinchada tricolor, ao sacar Álvarez e Albín e colocar Abreu e Recoba.

Com a entrada desses três jogadores, o Nacional começou a jogar melhor, na mesma medida em que o Barcelona encolheu.

A velha guarda mostrou que é muito melhor do que os fantasmas que habitavam a primeira etapa. Aos 24 minutos, cobrança de escanteio e Abreu, com seu senso de colocação, soube se desmarcar e cabecear para diminuir o vexame.

Antes de outra cobrança de escanteio, Abreu foi malandro e conseguiu cavar a expulsão do inocente Perlaza.

Pouco depois, em uma confusão na lateral, Lembo recebe o segundo cartão amarelo. Como um verdadeiro fantasma, permaneceu em campo por mais alguns minutos, até que o árbitro Enrique Osses foi avisado que o capitão uruguaio era realmente uma alma penada e teria que sair do campo.

O Nacional tinha 10 jogadores em campo, assim como o seu rival, mas aparentava ter a metade, de tantos espaços que concebia ao time equatoriano.

Quando a cortina de espinhos se cerrava para o Nacional, Recoba tira um coelho da cartola e, ao driblar Paredes, faz lindo cruzamento, que atravessa a área e encontra um fantasma chamado Alonso e consegue o tento de empate.

A torcida não merecia mesmo uma derrota. Já os jogadores, com exceção de alguns (Recoba, Abreu, Luna e Bueno, talvez), o que não merecem é vestir o manto albo, esta camisa que já conquistou três títulos da América e do Mundo. E foi essa camisa, novamente, que fez com que o resultado não fosse devastador.

Se continuar jogando dessa maneira e com tantos fantasmas em campo, o Nacional está fadado a repetir a campanha do ano anterior, encalhando na fase de grupos da Libertadores.




Obs: Ontem também houve mais dois jogos da Libertadores: Emelec 1x0 Vélez e Universidad de Chile 2x0 Deportivo Lara.