O Nacional, tricampeão sul-americano e mundial, estreou nesta terça-feira contra o Barcelona de Guayaquil, no Gran Parque Central.
Mas de multicampeão o time não tinha nada. O quadro uruguaio jogava muito mal. A defesa deixava muito espaço para o ataque equatoriano. Desorganizada, só recuperava a bola nos erros do adversário. Os defensores do Nacional pareciam fantasmas.
No Barcelona jogavam cinco argentinos - claro, nenhum comparável a Lionel Messi, astro maior do Barcelona mais famoso. Damonte e Albín eram os hermanos do Nacional. Mas havia uma diferença abissal entre os argentinos equatorianos e os argentinos uruguaios. Enquanto Damián Díaz driblava, corria e marcava o primeiro gol, Damonte não pegava na bola (e a bola deve ter agradecido por não ter sido mal-tratada pelo volante).
O único jogador bolsilludo que se salvou foi Gonzalo Bueno. Albín, Vicente Sánchez e Alonso: desastrosos. Paredes jogava como queria pela direita do ataque equatoriano, e pela esquerda os uruguaios trombavam-se enquanto Nazareno deixava o atacante Ariel na cara do gol, para marcar o segundo tento.
O goleiro Bava não fez nenhuma defesa no primeiro tempo, embora tivesse tomado dois gols.
Damián Díaz não dominou a defesa do Nacional apenas pelo beijo que lhe foi dado por uma torcedora, mas porque os uruguaios não sabem lidar com jogadores talentosos.
A torcida não deixou de empurrar, mesmo com o 2 a 0 contra e sem sinais de reação no primeiro tempo.
Na volta da segunda etapa, Vicente Sánchez saiu para dar lugar a Luna. Pouco depois, o técnico Gustavo Díaz deu um pingo de esperança à hinchada tricolor, ao sacar Álvarez e Albín e colocar Abreu e Recoba.
Com a entrada desses três jogadores, o Nacional começou a jogar melhor, na mesma medida em que o Barcelona encolheu.
A velha guarda mostrou que é muito melhor do que os fantasmas que habitavam a primeira etapa. Aos 24 minutos, cobrança de escanteio e Abreu, com seu senso de colocação, soube se desmarcar e cabecear para diminuir o vexame.
Antes de outra cobrança de escanteio, Abreu foi malandro e conseguiu cavar a expulsão do inocente Perlaza.
Pouco depois, em uma confusão na lateral, Lembo recebe o segundo cartão amarelo. Como um verdadeiro fantasma, permaneceu em campo por mais alguns minutos, até que o árbitro Enrique Osses foi avisado que o capitão uruguaio era realmente uma alma penada e teria que sair do campo.
O Nacional tinha 10 jogadores em campo, assim como o seu rival, mas aparentava ter a metade, de tantos espaços que concebia ao time equatoriano.
Quando a cortina de espinhos se cerrava para o Nacional, Recoba tira um coelho da cartola e, ao driblar Paredes, faz lindo cruzamento, que atravessa a área e encontra um fantasma chamado Alonso e consegue o tento de empate.
A torcida não merecia mesmo uma derrota. Já os jogadores, com exceção de alguns (Recoba, Abreu, Luna e Bueno, talvez), o que não merecem é vestir o manto albo, esta camisa que já conquistou três títulos da América e do Mundo. E foi essa camisa, novamente, que fez com que o resultado não fosse devastador.
Se continuar jogando dessa maneira e com tantos fantasmas em campo, o Nacional está fadado a repetir a campanha do ano anterior, encalhando na fase de grupos da Libertadores.
Obs: Ontem também houve mais dois jogos da Libertadores: Emelec 1x0 Vélez e Universidad de Chile 2x0 Deportivo Lara.
abraço caro amigo Edu, não entendi muito o título...rsrsrsrs sobre todo o termo vitória, como o jogo foi empate...não entendi....o de fantasmas alcancei a entender o significado, abraço
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