Pesquisar este blog

sábado, 31 de agosto de 2013

Copa Interamericana de Futebol

A Copa Interamericana foi um torneio de futebol disputado entre os campeões de cada confederação das Américas (Conmebol e Concacaf). Realizada entre os anos de 1968 e 1998, a competição teve apenas 18 edições, sendo desvalorizada aos poucos.

O sistema de confrontos era o de jogos de ida e volta. Em duas edições (1985 e 1995), a competição foi realizada em jogo único, respectivamente em Port of Spain (Trinidad e Tobago) e San José (Costa Rica), sede dos campeões da Concacaf daqueles anos. Em 1968, 1977 e 1980, o torneio foi decidido em um terceiro jogo.

1968 - Estudiantes de La Plata (Argentina) venceu o Toluca (México)
1971 - Nacional (Uruguai) venceu o Cruz Azul (México)
1972 - Independiente (Argentina) venceu o Olimpia (Honduras)
1973 - Independiente (Argentina) venceu o Municipal (Guatemala)
1975 - Independiente (Argentina) venceu o Atlético Español (México)
1977 - América (México) venceu o Boca Juniors (Argentina)
1979 - Olimpia (Paraguai) venceu o FAS (El Salvador)
1980 - Pumas (México) venceu o Nacional (Uruguai)
1985 - Argentinos Juniors (Argentina) venceu o Defense Force (Trinidad e Tobago)
1986 - River Plate (Argentina) venceu o Alajuelense (Costa Rica)
1988 - Nacional (Uruguai) venceu o Olimpia (Honduras)
1989 - Atlético Nacional (Colômbia) venceu o Pumas (México)
1990 - América (México) venceu o Olimpia (Honduras)
1991 - Colo Colo (Chile) venceu o Puebla (México)
1993 - Universidad Católica (Chile) venceu o Saprissa (Costa Rica)
1994 - Vélez Sarsfield (Argentina) venceu o Cartaginés (Costa Rica)
1995 - Atlético Nacional (Colômbia) venceu o Saprissa (Costa Rica)
1998 - DC United (EUA) venceu o Vasco da Gama (Brasil)


OBS: Os campeões da Copa Libertadores dos anos de 1993 (São Paulo) e 1995 (Grêmio) não se interessaram em disputar a Copa Interamericana, e os vice-campeões sul-americanos, Universidad Católica e Atlético Nacional, respectivamente, entraram em seus lugares.

sábado, 17 de agosto de 2013

Esporte no Brasil perde identidade para ser visto na TV


Postado por Bruno Winckler, no Blog Esporte Fino

Causaram estranheza nesta semana duas notícias sobre a mudança do regulamento de dois dos esportes mais populares do Brasil para agradar o principal canal de TV do país. No vôlei, há uma mudança de regra e a Superliga terá sets de 21 pontos (e não 25, como no mundo todo). No basquete a medida é esdrúxula: saldo de cestas após dois jogos da final do NBB.

A estranheza é pela bizarrice das propostas. Infelizmente não há novidade na subserviência de quem comanda o esporte no Brasil aos pedidos de quem paga para transmitir os jogos.

As confederações de basquete e de vôlei (CBB e CBV) querem expor suas modalidades na TV e se sujeitam a tudo. Até a tirarem a identidade do jogo que representam. As duas entidades tratam o esporte como uma mercadoria e o transformam ao gosto do freguês, não se importando com a tradição que o vôlei e o basquete têm no país. Descaracterizam a modalidade só para conseguirem alguns minutos na TV (espaço questionável, já que são raros os jogos da temporada regular exibidos em TV aberta exibidos).

Campeonatos nacionais de basquete em todo o mundo são disputados em playoffs de três, cinco ou até sete jogos. No Brasil, a final até este ano foi em jogo único. Este único com transmissão em TV aberta.

Criticada por isso, a direção da Liga Nacional fez então a proposta do “saldo de cestas” em dois jogos. A palavra final sobre o regulamento será dada pela Globo, como conta esta reportagem do UOL, que alerta ainda para a possibilidade de marmelada, tornando a situação mais vexatória. No vôlei, jogadores da seleção brasileira divergiram sobre a mudança de regras nesta matéria do Globo Esporte.

A Globo faz o seu papel de detentora dos direitos de transmissão. Trata o esporte como produto e o ajusta de acordo com seu interesse. Um set com 21 pontos é mais conveniente para não atrasar o telejornal. Um jogo de futebol às 22h é melhor para não atrapalhar o desenrolar da trama da novela. Ela paga e está no seu direito de estipular normas.

O grande problema está nos gestores do esporte. Dependentes do dinheiro que recebem da TV, se calam e aceitam qualquer aberração. Deveriam ser mais firmes e não aceitar que transformem o esporte meramente num produto da TV como suas novelas. E quem perde com isso é o torcedor, mais uma vez.

Foto: João Pires/LNB