Pesquisar este blog

segunda-feira, 4 de julho de 2011

FUTEBOL: ALFREDO DI STÉFANO

Nascido em 4 de julho de 1926, Alfredo Di Stéfano Laulhe começou a jogar futebol desde pequeno, no Sportivo Barracas, clube do bairro onde nasceu e morava. Aos 15 anos começou a jogar pelas categorias de base do River Plate. Estreou pelo time principal em 1945, e só jogou uma partida, logo sendo emprestado ao Huracán. Voltou ao River em 1947, para conquistar o Campeonato Argentino, e foi convocado para a seleção nacional, sendo campeão do Sul-Americano no mesmo ano.

No ano seguinte, decidiu sair do clube argentino insatisfeito com o salário que recebia, e foi se aventurar na "liga pirata" colombiana, que não era reconhecida pela FIFA, pois não repassava as taxas obrigatórias à federação colombiana, e com isso pagava salários astronômicos para a época aos seus craques, que vinham de toda a América do Sul. Di Stéfano jogou no clube que fez mais sucesso na época, cujo nome era justamente Millonários, de Bogotá. Também chegou a jogar pela seleção colombiana.

Após ganhar quatro Campeonatos Colombianos (1949, 1951, 1952, 1953), o já craque Alfredo Di Stéfano era pretendido por dois gigantes do futebol mundial: Barcelona e Real Madrid. Ele jogava pelo Millonários, mas os seus direitos ainda pertenciam ao River Plate. Foi então que seu contrato foi dividido entre os dois clubes espanhóis, e ele jogaria um pouco pelo Barcelona e um pouco pelo Real Madrid. Mas, em uma manobra de cartolagem da Federação Espanhola, quem levou a melhor foi o clube merengue, que ficou com o jogador.

No Real Madrid, o argentino ganhou a alcunha de "Flecha Loira". Jogou naquele super-time que contava com outros craques: Puskas, Gento, Didi, Kopa. De 1953 a 1964, Di Stéfano ganhou oito títulos do Campeonato Espanhol (1954, 1955, 1957, 1958, 1961, 1962, 1963 e 1964), uma Copa da Espanha (1962), cinco Ligas dos Campeões (1956, 1957, 1958, 1959 e 1960) e um Mundial de Clubes (1960).

Lembrando que após chegar à Espanha, tirou cidadania espanhola e jogou pela seleção ibérica, inclusive indo à sua única Copa do Mundo, em 1962, no Chile. Mas, lesionado, nem chegou a disputar uma partida sequer.

Ao sair do Real Madrid, o craque jogou duas temporadas pelo Espanyol de Barcelona, encerrando sua trajetória como jogador em 1966, tendo marcado 818 gols em 1115
jogos que disputou. Mas ainda continuou no futebol, e ainda continua. Virou técnico, foi campeão argentino com o Boca Juniors em 1969 e campeão espanhol com o Valencia, em 1971. Em 2000, o Real Madrid homenageou o ídolo, transformando-o em presidente de honra do clube, cargo que ocupa até hoje.

Bem, hoje é aniversário de 85 anos desse mito, que é comparado com Maradona, e alguns dizem que foi melhor até que Pelé, e por isso decidi homenageá-lo dessa forma simples, contando um resumo de sua biografia, para que todos que gostam de futebol e ainda não sabem quem foi esse monstro, conheçam um pouco de Don Alfredo Di Stéfano.

No jardim de sua luxuosa casa, em Madrid, o busto de uma bola com a inscrição: "Gracias, Vieja"


REFERÊNCIAS
Ribeiro, André & Lemos, Vladir. A Magia da Camisa 10. Campinas, Verus Editora, 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário